Editorial
Alimentos estão mais caros
Da Redação | 10 de setembro de 2020 - 01:40
Na batalha contra a pandemia, com o resultado de fechamento de empresas e aumento do desemprego, a população sente outro duro golpe: os preços dos alimentos simplesmente explodiram. No último mês, produtos como arroz, farinha, leite e óleo de soja tiveram alta superior a 30%, e acabaram dando um susto no consumidor que precisou comprar o básico para pôr na mesa. O presidente Jair Bolsonaro sentiu o descontentamento e apelou ao “patriotismo” dos supermercados para segurar preços.
a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça, notificou nesta quarta-feira, 9, empresas e associações cooperativas ligadas à produção, distribuição e venda de alimentos da cesta básica para questionar a alta nos preços dos produtos. De acordo com o documento, todos terão cinco dias para responder aos questionamentos.
No texto, a Senacon justifica que, "diante do sensível aumento de preços de itens da cesta básica, em especial do arroz, a Secretaria Nacional do Consumidor decidiu notificar o setor produtivo e comercial para esclarecer as causas do aumento nos alimentos que compõem a cesta básica brasileira".
A notificação destaca trecho do Código de Defesa do Consumidor em que considerada uma prática abusiva "elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços".
Em março, início da quarentena no Brasil, os gastos com supermercado tiveram uma queda de, aproximadamente, 10% em comparação com fevereiro, mas os próximos meses representaram crescimento, em abril 36,27% em comparação com março. Em julho, os gastos com supermercado voltaram a aumentar, no total 8,83% em comparação com o período anterior.