A quem interessa a volta das aulas?

Com números exorbitantes, hospitais lotados e pessoas morrendo por conta da pandemia, qualquer discussão sobre a volta das aulas, neste momento, é absolutamente prematuro e beira a irresponsabilidade. O estancamento do contágio e o salvar vidas devem ser prioridades dos governantes e de todos.

A criança, fora de casa, estará exposta a uma doença terrível, não se concentrará e ainda poderá sofrer problemas psicológicos. É fato, também, que os pais não terão tranquilidade suficiente com os filhos longe de seus olhos, sempre pelo temor de uma possível contaminação. Outra questão: as escolas garantirão a segurança de todos os seus funcionários e dos alunos?

Neste cenário turbulento e de incertezas é importante citar o resultado da Pesquisa Datafolha apontou os seguintes percentuais para a volta ou não às aulas e a reabertura ou não das escolas no Brasil ainda em meio à pandemia do novo coronavírus. Opinaram que vai agravar: 79% (59% disseram que vai agravar muito, e 20% que vai agravar pouco). O opinaram que não vai agravar: 18%

Segundo a pesquisa, as mulheres são mais preocupadas com o tema, pois 80% delas responderam que a voltas às aulas vai piorar a pandemia - 17% disseram que não irá agravar e 3% não souberam responder. Entre os homens, 77% responderam que vai agravar; 19% disseram que não vai piorar e 3% não responderam.

Para Jacir Venturi, membro do Conselho Estadual de Educação do Paraná, escola e famílias, em especial agora, deverão ser parceiras, pois é complexa e cara a implementação das normas sanitárias e de biossegurança, bem como a reconfiguração do espaço físico. Segundo ele, serão necessárias compreensão e colaboração de todos, pois a maioria das escolas privadas estará com os cofres combalidos conquanto as públicas precisarão enfrentar um custo adicional de 30 bilhões, conforme estimativa do Instituto Unibanco, num contexto em que o governo também está esquálido em suas finanças.