Editorial
PG não pode esmorecer
Da Redação | 18 de julho de 2020 - 01:42
A luta contra o coronavírus é de todos. O afrouxamento das medidas restritivas e o desrespeito às orientações preventivas das autoridades médicas poderão fazer com que os casos positivos e o número de óbitos cresçam verticalmente em Ponta Grossa a partir desta semana. O esforço na contenção da doença deve ser de todos, mas é a prudência e responsabilidade da população que farão a diferença nessa guerra.
O Estado mantém a recomendação do isolamento social e reforça a necessidade da adoção de medidas preventivas em todas as regiões do Paraná para conter a pandemia do novo coronavírus. Existem contágio, transmissão comunitária e a colaboração da sociedade para manter um equilíbrio é importante.
A Secretaria de Saúde destaca que a quarentena restritiva, determinada pelo decreto 4.942/20 em sete regionais de Saúde (Cascavel, Curitiba e Região Metropolitana, Toledo, Foz do Iguaçu, Cianorte, Londrina e Cornélio Procópio), ajudou a desacelerar a pandemia no Paraná, mas que os dados técnicos diários da vigilância precisam continuar orientando as ações em todos os municípios.
Infelizmente, a adesão às determinações do decreto 4.942 ficou abaixo do esperado e que a taxa de isolamento social não alcançou o nível desejado. Entre os dias 1º e 13 de julho, a média foi de apenas 41,3%, um avanço tímido se comparado às duas últimas semanas de junho.
A quarentena restritiva foi importante para equilibrar os estoques dos medicamentos analgésicos, com a interrupção das cirurgias eletivas, e para aumentar a margem de tempo para o Paraná ampliar a oferta de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) nas quatro macrorregiões de Saúde.
Em Ponta Grossa, as medidas restritivas mostram-se eficientes até o momento e a revalidação do decreto do toque de recolher deve impedir aglomerações e festas clandestinas – duas situações que potencializam o aumento da contaminação.