Governar com serenidade

Jair Bolsonaro será lembrado em sua biografia pela grande capacidade de gerar crises, por ser inconveniente e por abrir a boca para falar o que ninguém espero ouvir de uma pessoa em siua posição. Sobre o estouro de mortes pela Covid-19, ele deu a seguinte declaração: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", disse o presidente, em referência ao próprio sobrenome.

As pessoas precisam de esperança e não terrorismo. O cidadão espera solução para esta crise, mas se vê acuado pelas palavras inapropriadas de um presidente. É muita irresponsabilidade e insensibilidade. As famílias querem ser consoladas. Ontem, o Brasil registrou 449 mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas. Com o número, o país já tem 5.466 óbitos da doença, posicionando-se entre as 10 nações com mais mortos pela Covid-19. O total de casos confirmados é de 78.162.

Fora a crise econômica, o Brasil está mergulhado numa crise política. Desde a última sexta-feira (24), quando o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro anunciou sua demissão, a Câmara dos Deputados já recebeu três novos pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Ele é acusado de ter cometido crimes de responsabilidade previstos na Constituição Federal e na Lei do Impeachment.

As notícias são desanimadoras. O Ministério da Economia estima que houve um aumento de 150 mil pessoas desempregadas no país entre março e a primeira quinzena de abril deste ano, em relação ao mesmo período de 2019, em razão da crise causada pelas medidas de enfrentamento ao novo coronavírus (covid-19) no Brasil.

Os números são baseados, segundo o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, nos pedidos de seguro-desemprego registrados pelo órgão e na estimativa de demanda reprimida de pessoas que não conseguiram solicitar o seguro por causa das restrições do atendimento presencial aos trabalhadores.