Editorial
Uma ação ‘nota 10’
Da Redação | 10 de abril de 2019 - 19:26
Excelente a iniciativa adotada pela Secretaria de Educação como forma de minimizar os efeitos do bullyng. O objetivo das ações é sensibilizar as escolas e criar um canal de comunicação entre estudantes, professores, funcionários e a própria comunidade.
O bullying tem consequências mais graves do que levar um murro na face. Atinge todo o lado emocional da criança. Isso porque em determinada fase da vida infantil e da adolescência o grupo com que se convive passa a ser mais importante que a própria família. Uma bofetada dói na hora, mas passa. A violência emocional, não. É algo completamente diferente. A pessoa, sendo excluída do grupo, passa a sentir inferiorizada.
Tem acontecido muito nos últimos anos. Os casos estão aumentando com o passar do tempo. Isso se deve pela própria sociedade capitalista e neoliberal. A sociedade prega padrões a serem seguidos, são padrões de beleza, de roupa. O status vale mais. Isso contribui para a exclusão. O ‘ter’ vale mais que o ‘ser’. É claro que isso não deveria ocorrer, que isso não deveria ser comum.
A criança não tem o costume de contar aos pais o que está sofrendo na escola. Tem vergonha de estar passando por esta situação. Os pais devem manter um diálogo aberto com os filhos. Percebendo algo diferente, é necessário procurar a escola para reverter a situação. Tem que encontrar medidas que possam eliminar isto.
Essas ações em escolas fazem com que os estudantes se sintam seguros e acolhidos pela escola e ao mesmo tempo sejam precursores de informações de prevenção e combate ao bullying.
O objetivo do Estado é tornar as ações preventivas ao bullying uma prática contínua, permeando o cotidiano e o currículo escolar, orientadas pelo Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, e desenvolver competências socioemocionais nos estudantes, que reflitam na melhoria dos resultados de aprendizagem, uma das funções primordiais da educação.