O preço do desenvolvimento

Os dados apresentados nessa quinta-feira, na Câmara, pelo secretário secretário municipal da Fazenda, Cláudio Grokoviski, traçam um panorama sobre a situação financeira da Prefeitura de Ponta Grossa, revelando, também, que em 2018 o Município investiu valores acima do mínimo constitucional nas áreas, para atender demandas de manutenção e ampliação dos serviços.

Entretanto, na audiência pública para prestação de contas do último quadrimestre de 2018, quando foram detalhando os investimentos, despesas e arrecadação da gestão nos últimos quatro meses do exercício financeiro anterior, conforme estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal, recebe-se como preocupante a informação que a Prefeitura encerrou o ano passado com índice de gasto de pessoal em 55% e já estuda medidas para diminuir esse número. 

Em comparação com o fechamento de 2017, o balanço do 3º quadrimestre de 2018 indica que houve crescimento de 7,76% na Receita Corrente Líquida (RCL), enquanto a despesa com pessoal registrou crescimento de 13,29%. 

Além da proposta de aumentar a Receita Corrente Líquida (RCL) com a recuperação de valores, com medidas que no último ano colocaram Ponta Grossa como a maior em recuperação de dívidas na região Sul, a Prefeitura também prevê a contenção de despesas e trabalha com a migração para o sistema de Gestão Plena em Saúde, o resultaria em incremento de R$ 40 milhões na RCL. Com este valor no fechamento de 2018, por exemplo, o índice com despesa de pessoal ficaria em 52%.

Para 2019, o orçamento anual é de R$ 941 milhões, valor 12% superior ao orçamento de 2018, mas ainda aquém das necessidades do Município. Esse incremento tem relação direta com a combinação de diversos fatores, como o processo de industrialização dos últimos anos, a revisão de várias leis, as medidas de justiça fiscal e a redução da inadimplência.