Editorial
A UEPG e a fábrica de remédios
Da Redação | 10 de outubro de 2017 - 02:27
O anúncio da implantação de uma fábrica para a produção de medicamentos, no campus de Uvaranas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), não é importante apenas para o Município ou à região dos Campos Gerais. O termo assinado na semana passada prevê que os remédios sintéticos atenderão a demandas dos governos estadual e federal, e do Sistema Único de Saúde (SUS).
A utilização do espaço no campus Uvaranas, inicialmente, se
dará com a instalação de uma central de importação e distribuição de
medicamentos, com um laboratório de controle de qualidade. Na sequência será
implantada uma fábrica completa para a produção de medicamentos em pequenos
volumes, mas com significativo valor agregado.
É uma conquista para a UEPG, para a área da saúde e a Ponta
Grossa, ressaltando que em breve Ponta Grossa será referência no país, na
produção de medicamentos com o selo do Tecpar, instituição reconhecidamente de
excelência nessa área. Este espaço também irá beneficiar pesquisadores e
acadêmicos da graduação e da pós-graduação, com um novo campo de atuação, além
da produção de medicamentos.
Esta é a segunda fase de um projeto iniciado em 2014. Na
primeira fase foram investidos R$ 300 mil na elaboração de um projeto executivo
de reforma no prédio do Lapmed e adequações para atender às normas da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O Tecpar já tem projetos para fornecer seis medicamentos
biológicos estratégicos para o SUS, até então importados: Trastuzumabe,
Infliximabe, Rituximabe, Adalimumabe, Bevacizumabe e Etarnecepte. Os
medicamentos são usados no tratamento de diversos tipos de câncer e para
artrite reumatoide, constituindo a plataforma tecnológica de produtos
monoclonais.