Oito das maiores empresas do Sul do Brasil são de PG

Maior empresa de Ponta Grossa é o Grupo MM, empresa que registrou uma receita de R$ 632 milhões em 2018

O município de Ponta Grossa é sede de oito das maiores empresas do Sul do Brasil. Além disso, tem filiais de inúmeras indústrias de empresas sediadas em outros locais, que se destacam entre as maiores da região. O ranking das “500 Maiores do Sul”, anuário lançado pelo Grupo Amanhã e PwC, foi revelado na manhã nesta quarta-feira (30). Na lista, há 189 empresas do Rio Grande do Sul, 186 do Paraná e outras 125 de Santa Catarina. A maior do ranking é a Bunge Alimentos, sediada em Gaspar (SC), seguida pela BRF (Concórdia, SC) e Copel (Curitiba, PR).

Genuinamente ponta-grossense, a maior das empresas é o Grupo MM. Nesta primeira vez que a empresa integrou o ranking, se destacou como a 208ª maior empresa do Sul do Brasil, a 80ª do Paraná, com um Valor Ponderado de Grandeza (VPG) de R$ 306,9 milhões. O VPG reflete, de forma equilibrada, o tamanho e o desempenho das empresas a partir de um cálculo que considera os três grandes números do balanço: patrimônio líquido, receita líquida e lucro líquido ou prejuízo. O levantamento mostra que a receita líquida da empresa em 2018 foi de R$ 632,9 milhões, com lucro de R$ 19,5 milhões. 

“É uma grande satisfação estarmos ranqueados nesta lista das maiores do Sul do Brasil, e principalmente por estar liderando como a maior empresa genuinamente ponta-grossense”, resume Marcio Pauliki, vice-presidente do Grupo MM. Ele relembra a história de seu pai, o fundador da empresa, que veio de Arapoti, e em 40 anos transformou a empresa na “Gigante do Sul do Brasil”, com cerca de 3 mil colaboradores. Questionado sobre os motivos do destaque, ele aponta que é a diretriz da valorização das pessoas. “Para nós, os fins não justificam os meios: há muitos anos, desde o início da empresa, sempre entendemos que os resultados e receitas se atingem através das pessoas. E a partir do momento que se desenvolve, capacita e as motiva, os resultados são consequência”, alega Pauliki, lembrando os anos seguidos da MM como uma das melhores empresas para trabalhar no país. 

A segunda melhor colocada de Ponta Grossa foi a Águia Participações. Com um VPG de R$ 203,7 milhões, se destacou na 266ª posição, ao obter uma receita líquida de R$ 265,7 milhões e um lucro de R$ 4,04 milhões. Na sequência aparecem duas empresas que registraram prejuízo em 2018: a Rodonorte, que era a maior empresa da cidade no ranking anterior (121 no Sul do Brasil), e agora ocupa a posição 293, com um VPG de R$ 176,7 milhões, e o Madero, a 343ª do Sul, com um VPG de R$ 141 milhões. Elas tiveram, em 2018, prejuízos de R$ 589,7 milhões e R$ 102,1 milhões, respectivamente.

A quinta maior empresa da cidade é a Expresso Princesa dos Campos, a 370ª no Sul, com um VPG de R$ 124,4 milhões, seguida pela Unimed Ponta Grossa, a 397ª do Sul, com um VPG de R$ 107,5 milhões. Por último, na posição 418 do Sul, apareceu a Tratornew, com um VPG de 98,6 milhões e a FT Sementes, na posição 486, ao ter um VPG de R$ 69,1 milhões.

Cooperativas da região se destacam em âmbito estadual

Ao abranger toda a região dos Campos Gerais, a maior empresa fundada na região que se destaca no ranking é a Cooperativa Castrolanda. Sediada em Castro, a Castrolanda é a 16ª maior empresa do Paraná e a 43ª maior do Sul do Brasil, com um VPG de R$ 1,84 bilhão. A receita líquida da cooperativa em 2018 foi de R$ 3,16 bilhões. Logo na sequência aparece a Cooperativa Frísia, com sede em Carambeí. Destacando-se na posição 51 do Sul do Brasil e na 19ª do Estado do Paraná, com um VPG de 1,5 bilhão após registrar uma receita de R$ 2,59 bilhões em 2018. A terceira maior empresa da região dos Campos Gerais é a Arauco, Cooperativa sediada em Arapoti. Ao obter um VPG de R$ 765,9 milhões em 2018, após obter uma receita de R$ 1,41 bilhão, integra o ranking na posição 92 do Sul do Brasil, 14 posições à frente do ranking do ano anterior (106ª). No Paraná, ocupa a posição 38

Klabin é a maior unidade da região

Entre as empresas com sede fabril na região dos Campos Gerais, a Klabin, de São Paulo, é a maior. Com a Unidade Monte Alegre, em Telêmaco Borba, a empresa de papel e celulose ficou na 8ª posição do Sul e na 3ª do Paraná, com um VPG avaliado em R$ 7,2 bilhões. A emrpesa obteve uma receita de R$ 10 bilhões em 2018. Na região, porém, há a atuação, através de filiais industriais ou prestação de serviços, de sete das dez primeiras do Sul do Brasil: a Bunge (1ª), BRF (2ª), Sicredi (4ª), Engie (9ª) e Rumo (10ª). A Yara (11ª), com a matriz em Porto Alegre, também possui unidade fabril em Ponta Grossa.