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Feliz 2025, Brasil!

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Por Mário Sérgio de Melo

Para simplificar, diante da insólita e nada inspiradora realidade dos tempos atuais, vamos resumir os votos para o Brasil – e para o mundo – para o ano de 2025 em duas palavras: discernimento e solidariedade. Discernimento para nos dar lucidez para compreender a realidade, enxergar a verdade. Solidariedade para que usemos a compreensão da realidade com o propósito de trazermos à tona a tolerância e a empatia, que cooperam para a fraternidade e a paz.

Discernimento é sem dúvida um atributo abençoado e, atualmente, vital, dada sua escassez. Com certeza os seres humanos nunca antes estiveram tão bombardeados por informações e desinformações. Distinguir entre as duas é essencial para que consigamos escapar do logro de embusteiros alucinados pela loucura ou pela ambição desmesurada. E que, no seu desvario e obstinação, não medem as consequências das mentiras que disseminam, dos desastres ambientais, sociais, econômicos e éticos que deflagram. Os falsos profetas do mundo atual alimentam-se da falta de lucidez e da incúria humanas. Mas, lúcidos e cuidadosos, seremos capazes de construir um mundo melhor em 2025.

Solidariedade é essencial num mundo globalizado, com mais de oito bilhões de habitantes, de contextos, raças, culturas, crenças, valores e idiomas diversos. Ela é uma bênção que desencadeia muitas outras: empatia, compaixão, perdão, igualdade, liberdade, tolerância, despojamento, humildade são algumas delas. Elas conduzem à convivência pacífica, respeitosa, edificante, amorosa. A solidariedade vai nos mostrar que conviver respeitosamente com o diferente nos enriquece. O diferente nos acrescenta saberes e olhares que desconhecíamos. Junto com o discernimento, a solidariedade vai fazer 2025 um ano com mais esperanças e realizações.

Oxalá consigamos praticar estas duas bênçãos – discernimento e solidariedade – dentro de nós mesmos. Se formos capazes de personificar estas dádivas, decerto contagiaremos com nosso exemplo aqueles com quem convivemos. É tempo de plantarmos a semente do bem viver e cuidá-la com todo carinho, com todo zelo. Um dia ela irá germinar e florescer, ainda que demore algum tempo para isso. Então é termos perseverança e paciência. Tal como a água, que fluida se adapta, mas teima, até que transforma o rígido rochedo na macia areia do rio e da praia.

As maiores bênçãos que poderíamos desejar para 2025 já nos foram concedidas, há muito tempo. A primeira delas é este planeta extraordinário, que nos concedeu e sustenta o milagre da vida. A outra é a engenhosidade humana, que nos faz capazes de criar e de refletir. Nossas crenças nos falam de céu e inferno, numa vida futura. É tempo de enxergarmos que na vida presente foi-nos concedido o céu, esta Terra que nos supre todas as carestias. Que saibamos, então, empregar a inteligência para não transformá-la num inferno. Urge acordar, reconhecer e reverenciar o milagre da Mãe Terra.

Discernimento e solidariedade são qualidades que dormem dentro de nós. Vamos resgatá-las e praticá-las em 2025.

Mário Sérgio de Melo é Geólogo, professor aposentado do Departamento de Geociências da UEPG

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