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Desafios da comunicação como negócio: competição ou cooperação?

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Por Marcia Leite

Um ano depois de arriscar testar um modelo colaborativo em comunicação (vislumbrado pela primeira vez há mais de 15 anos e nunca acreditado, nem por mim mesma), fui fazer o básico da lição de casa para tentar escrever este artigo: buscar o significado das palavras para além da minha própria interpretação.

Segundo o dicionário online de português, competição é “o ato, ação de competir com outra pessoa a prioridade sobre alguma coisa”. Como sinônimo, apareceu a palavra concorrência. Na outra ponta da minha suposta teoria, de acordo com a mesma fonte, cooperação é “a ação de auxiliar, contribuir, ajudar”. Como sinônimo, apareceu a palavra colaboração.

Influenciada pelo acompanhamento do ADIT Share 2021, na última semana em Atibaia (SP), um ano e meio depois de não ir a nenhum evento presencial e durante o qual ouvi muito sobre a indústria da propriedade compartilhada, foco do meu cliente RCI, acrescentei a palavra compartilhamento na busca. O resultado foi: “substantivo masculino, ação ou efeito de compartilhar; ação de partilhar com (alguém): compartilhamento de benefícios”.

É isso. É sobre compartilhar conhecimento, técnica e benefícios para, ao final do dia, de alguma forma, fazer a diferença sem ter todas as competências e nem a capacidade financeira de contratar pessoas especializadas nestas mesmas atribuições.

Foi assim que, em setembro de 2020 decidi seguir solo, me conectando com pessoas que são especialistas em suas atividades de comunicação e que, por vezes, são meus concorrentes do ponto de vista técnico, de experiência profissional e não de lastro empresarial (tema que vale outra reflexão).

Um ano pode ser considerado um tempo curto. Ou não. Depende da perspectiva, da escuta, do acompanhamento, da vivência, da dor e de uma dezena de outros fatores que cabem em cada história – aqui, citando apenas os que orbitam no meu mundo de observação e prática como profissional de comunicação há mais de 25 anos.

O fato é que neste um ano, pude confirmar o que acreditava desde o início dos anos 2000: é preciso coragem para deixar de lado as similaridades da competição e trazer para a mesa as diferenças para a cooperação. Ou, de forma mais simples, trocar a concorrência pela colaboração.

Parece utopia? Parece! 

Mas é possível. Foi possível neste um ano e acredito que será cada vez mais.

Mais do que possível, que esse novo comportamento será necessário. E, por isso mesmo, deve ser observado com atenção e cuidado.

Me arrisco a dizer que é preciso abrir mão do medo de perder a concorrência, quer seja pelo dinheiro ou pelo ego, e focar na visão sistêmica, buscando apoio e especialização técnica, mais do que em empresas, em pessoas nas quais confiamos. 

Na esteira dessa reflexão, percebo que em um ano me “associei” a pessoas e empresas que são especialistas em suas áreas. Juntos, fizemos trabalhos que não teríamos feito sozinhos porque um agregou competência ao trabalho do outro.

Não se trata de juntar forças. Mais do que isso, se trata de desenvolver o melhor trabalho, com o melhor preço, de modo a trazer os melhores resultados e, assim, fazer a diferença no final do dia (ao menos, este é o meu foco e objetivo).

O compartilhamento é uma demanda da atualidade e um caminho sem volta. Flexibilidade é palavra-chave, mais do que nunca, em comunicação – e os desafios começam em nós mesmos.

Por aqui, sigo com o desejo de trabalhar com mais conexões e unindo esforços colaborativos sempre que as diferenças puderem ser deixadas de lado sem ferir os valores de cada um.

 No fim das contas, é isso que importa.

Marcia Leite é Relações Públicas com cerca de 25 anos de experiência e idealizadora da Comunica Hub, coletivo de profissionais e soluções de comunicação

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