PG investe quase R$ 300 mi para ter o maior complexo de saúde do Paraná

Nos últimos anos, a cidade de Ponta Grossa experimenta um salto de investimentos na área da Saúde. Com aproximadamente R$ 287 milhões programados para serem investidos no setor, o Município tem se desenvolvido cada vez mais para se tornar um grande complexo de atendimento na Saúde dos Campos Gerais - e o maior do Estado do Paraná.

Estes investimentos no setor partem de grandes parcerias firmadas entre a cidade de Ponta Grossa com os governos Estadual e Federal, empresas como a Itaipu Binacional e também graças à atuação de políticos que articulam os recursos à cidade, como o deputado federal Aliel Machado (PV).

Atualmente, Ponta Grossa está sediando a construção de grandes complexos na área da Saúde, que podem ser divididos em duas categorias: investimentos de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG); e de responsabilidade de terceiros, sejam estas instituições públicas ou privadas.

OBRAS DA PREFEITURA - O Poder Executivo tem realizado grandes investimentos no setor primário e em áreas mais especializadas de Saúde. Atualmente, as obras nestas duas categorias giram em torno de R$ 62 milhões, distribuídas nos dois novos superpostos na Vila Cipa e Jardim Roy al; nas 15 Unidades Básicas de Saúde (UBS) em reforma, integrando o programa de modernização iniciado em 2023; na futura Policlínica; e em futuros investimentos.

SUPERPOSTOS - Uma das grandes obras realizadas na cidade de Ponta Grossa são os superpostos localizados na Vila Cipa e Jardim Royal, cujo investimento é de R$ 4,6 milhões. Os espaços devem contar com salas específicas para vacinação, coletas, inalação, além dos demais procedimentos médicos e odontológicos necessários para a população. As obras devem ampliar os atendimentos à comunidade de ambas as regiões.

UBS - Outras ações promovidas pela Prefeitura são as reformas realizadas nas 15 Unidades Básicas de Saúde (UBS), cuja ação faz parte do programa de modernização iniciado em 2023. São R$ 8 milhões investidos, somando unidades entregues, em andamento e a serem iniciadas.

POLICLÍNICA - A futura Policlínica de Ponta Grossa terá aporte de aproximadamente R$ 30 milhões. O local deve ampliar o atendimento especializado na cidade, permitindo que a população tenha acesso a consultas clínicas, exames gráficos e de imagem, por exemplo.

FUTUROS INVESTIMENTOS - Além destes, o Poder Executivo deve realizar mais investimentos na área da Saúde durante o mandato da prefeita Elizabeth Silveira Schmidt (União). Para o Portal aRede, a liderança destacou: as três novas Unidades de Saúde (Los Angeles, São José e Santa Luzia), já em fase de projeto e no valor estimado de R$ 8,2 milhões; a construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Oficinas, cujo valor será entre R$ 8 milhões a R$ 10 milhões; a ampliação do Centro de Atenção à Criança (CAC); a construção de quatro novas bases descentralizadas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu); e o novo Centro de Saúde, localizado no antigo Mercado Municipal.

Estes investimentos devem impactar positivamente no atendimento à população ponta-grossense, principalmente por conta da expansão da infraestrutura de Saúde de Ponta Grossa e da otimização dos serviços, como destaca Liliam Cristina Brandalise, presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS).

“A expansão da infraestrutura e a otimização dos serviços garantem diagnósticos precoces, tratamentos adequados e uma melhor qualidade no atendimento, refletindo diretamente na redução de mortalidade e no aumento da expectativa de vida da população. Esses avanços demonstram o impacto positivo de investimentos em saúde para o bem-estar social e o fortalecimento do sistema público”, comenta.

DOIS GRANDES PARCEIROS - Além das obras promovidas pelo Município, Ponta Grossa também acompanha a realização de investimentos em Saúde em duas instituições públicas da cidade: Santa Casa de Misericórdia e Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Com isso, colocando a cidade em destaque no cenário estadual.

SANTA CASA - Com mais de 100 anos de atuação, a Santa Casa de Ponta Grossa é um dos principais hospitais do Município e um dos espaços onde estão ocorrendo parte das grandes obras realizadas na área da Saúde. Atualmente, o local acompanha a reforma da ‘Ala 300’; a reestruturação do antigo Hospital Evangélico; e a construção da Casamata, também no Hospital Evangélico.

Estes investimentos ocorrem por meio de uma parceria conjunta entre a Itaipu Binacional, o Governo do Estado do Paraná, através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, e do deputado federal Aliel Machado, totalizando aproximadamente R$ 40 milhões. Os valores estão distribuídos nas seguintes obras:

HOSPITAL EVANGÉLICO - Uma das principais obras na área da Saúde de Ponta Grossa ocorre no antigo Hospital Evangélico, fechado em 2016. O local está sofrendo um processo de reestruturação e modernização para se tornar o futuro Centro Oncológico e também Ambulatorial da Santa Casa. Para a reestruturação do espaço, está sendo investido o valor de R$ 9,7 milhões. Após a conclusão das obras, a expectativa é que o local se torne referência no tratamento do câncer na região dos Campos Gerais.

CENTRO ONCOLÓGICO - Com a conclusão da reforma no antigo Hospital Evangélico, o local se tornará o Centro Oncológico da Santa Casa, ou Ambulatório Oncológico, que receberá ainda o investimento de R$ 3 milhões para a mobília do local que ampliará o atendimento ao câncer na região. A futura estrutura deverá receber 42 leitos de quimioterapia, além de 14 consultórios para a realização de atendimentos ambulatoriais.

CASAMATA DE PONTA GROSSA - Completa a tríade de construções as obras da futura casamata, ou bunker de Ponta Grossa. O lugar se tornará o Centro de Radiologia da Santa Casa de Misericórdia, um investimento de R$ 8,4 milhões. Trata-se de uma obra complexa, que abrigará o futuro acelerador linear de Ponta Grossa, um aparelho de última geração utilizado em radioterapia, cujo investimento para o seu aporte é de R$ 12 milhões. 

ALA 300 - Na sede principal da Santa Casa, a última grande reforma anunciada ocorre na chamada ‘Ala 300’, um local que está recebendo um investimento aproximado de R$ 6,9 milhões. Após as obras, este lugar abrigará a Maternidade SUS, uma estrutura complexa onde as alas de maternidade e também da UTI Neonatal estarão em um lugar só, modernizando e facilitando o fluxo hospitalar no atendimento a mães e recém-nascidos.

Segundo a instituição, as quatro obras na Santa Casa devem beneficiar mais de 1 milhão de pessoas diretamente. Isto ocorre por conta do hospital ser referência regional no atendimento de alta complexidade para todos os 28 municípios que fazem parte da região dos Campos Gerais.

UEPG - A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) é uma principais e mais consolidadas universidades públicas do Paraná e do Brasil. Destaque nas áreas de ensino, pesquisa e cultura, a instituição tem se consolidado cada vez mais como uma das principais instituições de Saúde dos Campos Gerais.

Com investimentos que somam R$ 185 milhões, conquistados através do trabalho conjunto da instituição com os governos Estadual, Federal e Municipal, além das ações do parlamentar Aliel Machado, a instituição vive grande momento no setor da Saúde, onde futuramente abrigará a sede da Polícia Científica; Centro Especializado em Reabilitação Nível IV (CER-4); Ambulatório Médico de Especialidades (AME); e a nova torre do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HU-UEPG).

Estas obras, somadas a ouras ações, como reformas e manutenção da estrutura de atendimento, tornam a UEPG o grande foco de atendimento da região.

TORRE DO HU - Principal obra realizada na UEPG, a nova torre do Hospital Universitário tornou-se o maior investimento da história do setor de Saúde de Ponta Grossa, totalizando R$ 107 milhões. A nova estrutura é praticamente um novo hospital, e deve ampliar a realização de cirurgias e internamentos, aumentando também a complexidade dos atendimentos que serão realizados na instituição. O espaço deve ser entregue no ano de 2028.

AME - O segundo maior investimento em Saúde realizado na UEPG é o Ambulatório Médico de Especialidades (AME-UEPG), cujos números giram em torno de R$ 15 milhões. Este será o primeiro do tipo universitário do Brasil e unirá atendimento especializado com formação acadêmica. Nele, a população terá acesso a consultas médicas, odontológicas e exames de diversas especialidades, em um local de 2,9 mil metros quadrados com dois pavimentos, cujo fim das obras está previsto para 2025.

POLÍCIA CIENTÍFICA - Outra grande obra em estado avançado para sua conclusão, é a nova sede da Polícia Científica de Ponta Grossa, cujo objetivo é a integração dos trabalhos de perícia criminal com as atividades acadêmicas da UEPG. A nova estrutura, com investimentos de aproximadamente R$ 13 milhões, abrigará o Centro de Anatomia da UEPG, a sede do Instituto Médico Legal (IML), e um espaço para o Serviço de Verificação de Óbitos. A expectativa é que o local seja entregue ainda em 2025.

CER-4 - O quarto grande investimento na área da Saúde da UEPG é o Centro Especializado em Reabilitação Nível IV (CER-4), que ofertará, por exemplo, serviços de diagnóstico, tratamento, habilitação e reabilitação para pessoas com deficiência. Trata-se de um investimento de R$ 10 milhões, atendendo as modalidades auditiva, física, intelectual e visual, cuja previsão de entrega é 2026.

OBRAS GERAIS - Além destes investimentos, obras em menores escalas ocorrem no Hospital Universitário Materno-infantil (Humai), com a substituição do telhado do local, um investimento de R$ 1,7 milhão; e reformas no HU, como substituição de piso vinílico, abrigo de resíduos, conforto (bate-maca, portas, cortinas), sistema elétrico e aquecimento de água, por exemplo, totalizando R$ 4,7 milhões em reformas.

Além disso, a instituição investe R$ 33 milhões em ações estruturantes, como equipamentos médico-hospitalares, computadores, mobiliário, aparelho de hemodinâmica, monitores multiparâmetro, equipamentos para cirurgias neurológicas, carrinhos de anestesia, entre outros, garantindo, assim, a continuidade dos serviços de qualidade prestados pela instituição.

Estes investimentos transformam a UEPG em um grande complexo de Saúde nos Campos Gerais. Miguel Sanches Neto, reitor da instituição, destaca que estas mudanças tornam a UEPG cada vez mais próxima da sociedade, e as classificou como a “maior instituição de saúde” dos Campos Gerais.

“Nos últimos anos, houve um investimento muito grande na Universidade Estadual de Ponta Grossa em todas as áreas: ensino, pesquisa, cultura e particularmente um investimento expressivo na área da saúde. Isso por meio de recursos próprios, da Secretaria da Saúde do Estado do Paraná (Sesa), de emendas parlamentares, com destaque para a nova torre do HU e o CER-4, que são do mandato do deputado federal Aliel Machado. Isso demonstra que a UEPG hoje tem uma dimensão muito maior do que ela tinha há alguns anos por meio de uma ação de aproximação entre a Universidade e a sociedade. Hoje somos, com certeza, a maior instituição de saúde da região dos Campos Gerais”.

INVESTIMENTO PRIVADO - No setor privado, que também auxiliará o Município, há o investimento na nova torre da Unimed de Ponta Grossa. Conhecido como HGU, o local é um centro moderno para que trabalha desde procedimentos básicos até cirurgias avançadas. O local dispõe de 140 leitos, e redes de exames e de imagem. Os valores investidos ainda não foram divulgados pela Unimed.

SERVIÇO À POPULAÇÃO - O somatório destes investimentos, segundo a Prefeitura de Ponta Grossa, colabora para o desenvolvimento da cidade e melhora o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). A prefeita Elizabeth Schmidt destaca que este conjunto de obras parte de um compromisso do Executivo e dos demais órgãos com a população.

"A melhoria da saúde é um compromisso constante e a Prefeitura está fazendo a sua parte, investindo pesado em obras importantes e na maior contratação de médicos, dentistas e outros profissionais de saúde da história de Ponta Grossa. A UPA Uvaranas, por exemplo, já ajudou a diminuir o volume de atendimento das UPAs Santana e Santa Paula em 30%; além disso, temos os Superpostos no Borato e Panamá, além de mais dois em construção no Jardim Royal e Vila Cipa. Isso sem contar investimentos importantes conquistados para a cidade, como a nova torre do Hospital Universitário, a Policlínica da Vila Raquel, o Hospital do Câncer, o novo Centro de Reabilitação e o Ambulatório Médico de Especialidades", declarou a chefe do Poder Executivo.

MELHORIAS NECESSÁRIAS - Apesar dos mais de R$ 287 milhões, ainda há uma parcela da população que presencia a necessidade de mais atenções, principalmente no setor primário de atendimento. O Conselho Municipal de Saúde, por exemplo, entende a ocorrência de um grande gargalo na base destes atendimentos, como explica Jefferson Leandro Gomes Palhão, presidente do Conselho. “A gente está com uma preocupação agora, dentro da conjuntura atual, com a nossa atenção básica de saúde, que são os postos de saúde. Então você tem consulta, o paciente está esperando três meses para ter a primeira consulta, isso é demorado”, disse à reportagem.

Em entrevista ao Portal aRede, Leandro relata que os recentes investimentos realizados na cidade de Ponta Grossa são importantes, pois corrigem problemas, mas salienta que a falta de leitos, e principalmente a atenção no atendimento primário de Ponta Grossa, são os mais urgentes.

“Mas assim, a demora na atenção básica nos chama a atenção, porque a gente precisa entender o seguinte. O foco central do Município deve ser a atenção primária. Esse negócio de hospital, UPA, essas coisas, é a atenção secundária que a gente chama, é a média complexidade. Isso é do Estado, isso é do Governo Federal. Claro que a gente acaba fazendo investimento para atender a demanda da cidade, óbvio. Mas o que mais nos preocupa hoje, nos chama a atenção, é a questão da atenção primária”, complementou.

Outra questão questionada pela população de Ponta Grossa é com relação à demora nos atendimentos dentro das UPAs da cidade, onde há relatos de longas esperas por atendimentos. Em entrevista ao Portal aRede, o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDHS), instituição responsável pela administração das unidades, afirma que isso não ocorre mais, graças à inauguração da UPA Uvaranas. Ainda, que desconhece casos em que pessoas ficam mais de 24 horas para receberem o devido atendimento.

REFERÊNCIA ESTADUAL - Por fim, o futuro da saúde municipal de Ponta Grossa é promissor. É nítido o trabalho desenvolvido para ampliar e melhorar os serviços à comunidade. No futuro, se as ações se concretizarem, o Município terá o maior complexo de Saúde do Paraná. Com isso, podendo resolver um desejo de toda a população - um serviço de saúde eficaz.