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Família de professora morta em acidente pede justiça

Advogado diz que tragédia que matou uma mulher e uma criança não pode ficar no esquecimento e virar estatística

Vanessa e o filho Pedro morreram num acidente ocorrido na BR-376
Vanessa e o filho Pedro morreram num acidente ocorrido na BR-376 -

Os familiares da professora Vanessa Kubaski Maciel, 37, morta juntamente com o filho Pedro Henrique Maciel Jorge, 7, em acidente ocorrido no dia 6 de abril na BR-376, em Ponta Grossa, esperam que o caso seja apurado com maior rapidez possível para que os culpados não fiquem impunes.

O advogado Fernando Madureira, que representa os familiares das vítimas, disse que esta tragédia que matou uma mulher e uma criança não pode ficar no esquecimento e virar estatística, pois não se trata de um simples acidente. "Consta na investigação que o caminhão que causou as mortes das vítimas estava sem freio com os pneus no “arame” sem qualquer condição de trafegar, com o tacógrafo quebrado e vinha em velocidade incompatível com o local, tanto que o veículo das vitimas foi arremessado cerca de 300 metros e prensado contra outra carreta", assinala.

Madureira afirma que “o que causa maior perplexidade é que tanto o motorista como a transportadora proprietária do caminhão tinham pleno conhecimento de todas estas irregularidades e mesmo assim deixavam o caminhão carregado com 38 toneladas de soja circular livremente assumindo o risco de causar graves danos a terceiros como infelizmente aconteceu, o que demonstra total descaso com a vida alheia”.

PRF divulga detalhes

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou detalhes sobre o acidente que terminou com a morte de duas pessoas na BR-376 em Ponta Grossa na noite de quinta-feira (6); segundo a PRF, a sequência de colisões no km 505 sentido Curitiba, região do Distrito Industrial, terminou em um engavetamento que envolveu 19 veículos e teve, além da morte professora Vanessa Kubaski e de seu filho Pedro, outras seis vítimas (uma grave e cinco leves).

Além do atendimento na ocorrência, policiais encaminharam o motorista de um bitrem Scania, com placas de Cascavel, para prestar depoimento na 13ª Subdivisão Policial em Ponta Grossa (13ª SDP); segundo informações preliminares, o caminhoneiro teria sido o causador da batida que originou o engavetamento. Segundo a PRF, ele "prestou esclarecimentos por alterações no sistema de frenagem e falta de manutenção de itens obrigatórios, o que pode ter contribuído para o acidente", destaca o comunicado da corporação. O motorista passou por teste do bafômetro, que teve resultado negativo.

Dinâmica

Perto das 21 horas, a PRF foi acionada para um acidente entre um caminhão Scania e uma Chevrolet Cruze, que deixou o trânsito lento no caminho para Curitiba por conta do grande movimento para o feriado da Páscoa. Na sequência, de acordo com os policiais, o bitrem com placas de Cascavel, "que transitava pela faixa da direita, não foi capaz de frear e assim realizou manobra de mudança de faixa, tendo então colidido lateralmente com dois caminhões, o que provocou o derramamento da carga de soja sobre a pista e posteriormente colidiu com uma série de automóveis", relatam.

Entre os diversos veículos atingidos com o engavetamento estava um Chevrolet Ônix, onde Vanessa e o filho não resistiram aos ferimentos da batida. A Polícia também destaca que o trecho era de descida que a incidência de chuva no momento do acidente, já que o clima era instável na região, não está descartada.

Trânsito

A pista da BR-376 no sentido Curitiba ficou totalmente interditada até pouco depois da meia-noite de sexta, quando as equipes em atendimento conseguiram liberar uma faixa. A partir daí, o trânsito seguiu por uma faixa até aproximadamente às 4h30 da manhã, já que existia um grande volume de veículos a serem retirados, quando aí sim o fluxo foi totalmente liberado.

Ainda segundo a Polícia, o congestionamento foi de cerca de 8 a 10 quilômetros no sentido capital e de mais de 12 no sentido interior; de acordo com os policiais, não havia restrições no trânsito para quem chegava em Ponta Grossa, mas "a lentidão se formou por conta da curiosidade dos demais motoristas", destaca.

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