Cotidiano
UEPG alerta sobre nova variante do Coronavírus e pede vacinação em massa
Variante BQ.1, Omicron, Sars-CoV-2 é ameaça real. Hospitais universitários entram em alerta com aumanto de casos
Da Redação | 15 de novembro de 2022 - 04:30
Considerando o aumento de 120% na média móvel semanal de casos de Covid-19, no período entre 6 e 11 de novembro de 2022, em relação à média móvel nacional da semana anterior, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), por meio dos seus Hospitais Universitários, publicou na última segunda-feira (14), nota sobre a Variante BQ.1, Omicron, Sars-CoV-2.
O texto informa as comunidades interna e externa sobre o tema, com base em dados científicos e informações do Ministério da Saúde. A nota descreve características da nova variante e alerta para a importância da vacinação em massa para evitar que o vírus se espalhe ainda mais. Paralelamente, o texto recomenda o uso de máscaras por indivíduos do grupo de risco.
O esclarecimento foi formulado pela direção geral e pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia das instituições hospitalares administradas pela UEPG.
Confira a nota na íntegra:
NOTA UEPG, HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS E NHE SOBRE O IMPACTO DA VARIANTE BQ.1 – OMICRON/SARS-CoV-2 NA PANDEMIA DA COVID-19
A Universidade
Estadual de Ponta Grossa (UEPG), por meio do Hospital Universitário dos
Campos Gerais e do Hospital Materno-Infantil, mantém seu compromisso de
informar oportunamente, e com base em dados científicos, a comunidade interna e
externa sobre a COVID-19.
A COVID-19 é uma
doença de origem viral. Os vírus são estruturas que sofrem mudanças. Já são
conhecidas diversas variantes,inhagens e sublinhagens genéticas do vírus
SARS-CoV-2. Toda variante deve ser monitorada porque pode impactar na taxa de
transmissão, quadros graves da doença e eficácia das vacinas.
No final de
outubro/2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu parecer sobre as
novas variantes da Omicron, BQ.1 e XBB e suas sublinhagens (BQ.1* e XBB*).
Estas novas variantes podem trazer maior taxa de infecção e reinfecção,
principalmente entre imunossuprimidos, idosos, indivíduos com condições
crônicas importantes. Mas, estas hipóteses ainda estão sendo monitoradas pela OMS
e seus países membros.
A variante Omicron
continua a ser mundialmente a mais frequente nos casos de COVID-19. A nova
variante BQ.1 tem tido crescimento significativo sobre outras linhagens da
Omicron e já foi identificada em pelo menos 65 países, incluindo o Brasil. O
impacto das novas variantes Omicron sobre a imunidade conferida pelas vacinas
ainda está sendo estudado. Segundo a OMS, até o momento parecem não divergir de
outras sublinhagens, e a resposta de saúde pública com as vacinas existentes e demais
medidas de prevenção não farmacológicas podem ser suficientes.
O Ministério da
Saúde informou que, entre 6 e 11 de novembro de 2022, houve um aumento de 120%
na média móvel semanal de casos de COVID-19 (8.448) em relação à média móvel da
semana anterior (3.834). A sublinhagem BQ.1 já foi sequenciada em 40 casos de 9
estados brasileiros. E o Ministério da Saúde também está identificando a
sublinhagem BA.5.3.1 da Ômicron. O Ministério da Saúde afirma que neste
momento não há evidências que sugiram maior gravidade da doença.
Ao longo de 2022, o
país experimentou decréscimo nos casos, hospitalizações e óbitos causados pela
COVID-19. Atribui-se a diminuição dos casos graves no Brasil à vacinação contra
a doença oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A população mundial ainda
está sob a situação de Emergência em Saúde Pública de Interesse Internacional
(pandemia), segundo declarado pela OMS. Os paranaenses da região dos Campos
Gerais devem manter comportamento preventivo para COVID-19 nos próximos meses,
nos quais acontecerão Copa Mundial de Futebol, festividades de final de ano,
férias escolares, e carnaval.
A UEPG e seus
hospitais HURCG e HUMAI reafirmam as recomendações das autoridades sanitárias
para que a população procure os serviços de saúde e faça o esquema vacinal
completo (2 doses) e as doses de reforço contra a COVID-19, segundo faixa
etária.
As medidas de
proteção não farmacológicas como higiene das mãos, com água e sabão ou álcool
70%, são indispensáveis. Etiqueta da tosse e o uso de máscaras cirúrgicas para
aqueles que estiverem com sintomas gripais devem ser mantidos.
O uso das máscaras
de proteção deve ainda ser mantido por indivíduos com fatores de risco para
complicações da COVID-19 (em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e
pessoas com múltiplas comorbidades); pessoas que tiveram contato com casos
confirmados de COVID-19; pessoas em situações de maior risco de
contaminação pela COVID-19 como locais fechados e mal ventilados, locais com
aglomeração e serviços de saúde.
Pessoas que
apresentem sintomas gripais (febre, calafrios, tosse, dor de cabeça, dor de
garganta, coriza), associados ou não a falta de ar, perda do paladar e do
olfato, diarreia ou vômito, devem procurar os serviços de saúde do seu
município e serão diagnosticadas e cuidadas de acordo com o quadro clínico.
Os hospitais HURCG
e HUMAI, por meio do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE), Núcleo de
Controle de Infecção Hospitalar (NUCIH), Serviço Especializado em Segurança e
em Medicina do Trabalho (SESMT) e todos seus profissionais de saúde, continuam
vigilantes, monitoram, isolam, realizam exames diagnósticos, e manejam
diariamente os casos de sintomáticos respiratórios atendidos pelos hospitais,
profissionais e colaboradores.
Todos os esforços
têm sido mantidos para prevenção da doença COVID-19, e atendimento rápido e
oportuno às pessoas com sintomas respiratórios. A gestão hospitalar está atenta
aos alertas epidemiológicos internacionais, nacionais e estaduais. Qualquer
mudança na situação epidemiológica hospitalar que possa ser relevante para a
região será comunicada ao público. Os canais de comunicação com os hospitais
HURCG, HUMAI estão abertos para dúvidas e esclarecimentos à população.
Prof. Dra. Fabiana
Postiglione Mansani
Diretora Geral
HURCG/HUMAI