Cotidiano
Crianças de PG devem ser vacinadas contra o sarampo
Doses estão disponíveis nas Unidades de Saúde Básica de todo o Paraná. Este grupo foi incluído na vacinação porque trata-se uma população vulnerável e com riscos de complicações sérias por conta doença
Da Redação | 24 de agosto de 2019 - 00:51
Doses estão disponíveis nas Unidades de Saúde Básica de todo
o Paraná. Este grupo foi incluído na vacinação porque trata-se uma população
vulnerável e com riscos de complicações sérias por conta doença
A nova instrução do Ministério da Saúde indica que crianças
entre seis e onze meses de idade devem receber a dose zero da vacina contra o
sarampo. Além desta dose, as crianças receberão mais duas – uma aos doze meses
e outra com 15 meses de vida. Entre uma dose e outra da vacina é sempre
necessário o intervalo de um mês. A vacina estará disponível para este grupo a
partir desta quinta-feira (22). O esquema vacinal anterior previa a imunização
a partir dos 12 meses.
De acordo com o ministério, a inclusão deste grupo para
vacinação se deu porque se trata de uma população vulnerável e com riscos de
complicações sérias por conta doença, como otites, infecções respiratórias e
doenças neurológicas. Em casos mais graves podem provocar a redução da
capacidade mental, surdez, cegueira e retardo do crescimento.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, reforça que o
sarampo é uma doença evitável com a vacina. “Já tivemos uma época em que muitos
sofriam as consequências do sarampo e até morriam, mas hoje contamos com a
vacina, que é altamente eficaz e evita a transmissão da doença. Por isso a
prevenção é fundamental”, destacou. “Nós, da área da saúde, estamos preparados
para atender toda a população indicada para receber as doses em todo o Estado”.
No Paraná, dois casos da doença foram confirmados e estão
sendo monitorados pela secretaria. Um deles é de uma moradora de Campina Grande
do Sul e o segundo, de um homem de 54 anos, foi confirmado na terça-feira (20)
em Curitiba. Ambos passaram por São Paulo.
CASOS SUSPEITOS - Nos últimos 90 dias, os estados
notificaram mais de 10 mil casos suspeitos de sarampo ao Ministério da Saúde.
Destes, os exames laboratoriais confirmaram casos distribuídos em 11 estados do
país e mais de 7 mil ainda estão em investigação para verificar se é ou não
sarampo.
No Paraná, além dos dois casos confirmados, a secretaria
estadual da Saúde tem registros de mais 16 casos até esta quarta-feira (21).
Todas estas pessoas estão em monitoramento e investigação para confirmar ou
descartar a doença. As ações de bloqueio vacinal seletivo também foram
realizadas.
Em todas as notificações de casos suspeitos no Paraná, as
pessoas foram contaminadas em viagens pelo estado de São Paulo. “Temos casos de
pessoas que apenas passaram no aeroporto em São Paulo, outras que estiveram na
capital para compras e também situações de viagens para o interior paulista.
Como o sarampo é altamente contagioso, a transmissão pode ocorrer estando
próximo de alguém contaminado, e se a pessoa não estiver vacinada o risco de
ficar doente é altíssimo”, explica a coordenadora de Vigilância Epidemiológica,
Acácia Nasr.
Os municípios que têm casos notificados no Paraná são:
Campina Grande do Sul, Cascavel, Curitiba, Jacarezinho, Maringá, Rolândia, São
Jorge D’Oeste, São José dos Pinhais e Sulina. Em Ponta Grossa e Foz do Iguaçu
também acontece o bloqueio vacinal seletivo porque pessoas com suspeita ou
confirmação da doença circularam nestas cidades.
VACINAÇÃO - A vacina contra o sarampo é gratuita e faz
parte do Calendário Nacional de Vacinação. Agora, a dose zero deve ser aplicada
em crianças entre seis e onze meses. A dose número 1 aos 12 meses de vida com a
vacina tríplice viral (que previne sarampo, caxumba e rubéola), e a dose 2 aos
15 meses com a vacina tetra viral (que previne sarampo, rubéola, caxumba e
varicela/catapora).
A população com até 29 anos deve receber duas doses da
vacina. Para as que estão no grupo com idade entre 30 e 49 anos basta ter o
registro de uma dose para serem consideradas vacinadas. Acima dos 50 anos, a
vacina é indicada apenas nos casos de bloqueio vacinal, após a exposição a
casos de suspeita da doença ou confirmados.
Pessoas imunodeprimidas, mulheres grávidas e menores de seis
meses de idade não devem tomar a vacina. Profissionais da área da saúde devem
ser imunizados, independente da idade.
DOAÇÃO DE SANGUE – Neste período de inverno as doações
de sangue reduzem substancialmente. O Hemepar orienta que é preciso primeiro
fazer a doação para depois tomar a vacina contra o sarampo. Pessoas que foram
vacinadas devem aguardar 30 dias para que estejam liberadas para a doação de
sangue.
LOCAIS – No Paraná, todas as Unidades de Saúde Básica
têm a vacina contra o sarampo. Para receber a dose basta levar um documento com
foto e a carteira de vacinação, caso tenha.