ESPORTES
Rangel recua e adia retorno do esporte nos campos de society
Prefeito disse que empresários queriam realizar campeonatos de futebol e pediam a presença de torcedores, o que iria contra as regras da Prefeitura
Da Redação | 27 de agosto de 2020 - 10:13
Prefeito disse que empresários
queriam realizar campeonatos de futebol e pediam a presença de torcedores, o
que iria contra as regras da Prefeitura
No mesmo dia em que explicou como seria o protocolo para
reabertura dos campos de society de Ponta Grossa, o prefeito Marcelo Rangel
(PSDB) precisou recuar da decisão e adiar a publicação do decreto que iria
regular essas atividades no município. O problema, segundo ele informou em seu
programa de rádio nesta quarta-feira (26), é que os empresários do setor queriam
a realização de campeonatos nesses campos.
“Era para ir para o Diário Oficial, mas travou porque eles
[empresários] querem fazer campeonato. Campeonato de pandemia dá pra fazer? Dá
para levar as famílias para torcer para você num campo de society? Eu estou
errado?”, protestou o gestor municipal durante o programa. Rangel disse ainda
que os donos dessas quadras também queriam a autorização para que familiares
ficassem nas arquibancadas para torcer.
Diante desses embates, o governo municipal decidiu retornar
à fase de discussão das medidas sanitárias necessárias para retomada das
atividades, inclusive nos bairros com os mais de 40 campos de society
construídos durante seu governo. “Vamos pedir para os presidentes das associações
de moradores pegarem o nome das pessoas, fazer por horário, para não virar
bagunça”, explicou.
“Se vamos abrir esportes ao ar livre, tem que ter organização, por que não tiver vai decretar o fechamento de novo”, complementa. Ele garantiu que as reuniões acontecerão nesta quarta e, se prefeitura e empresários chegarem a um acordo, o decreto pode ser publicado na edição de quinta-feira do Diário Oficial do Município.
O prefeito revelou ainda que recebeu várias solicitações
para realização de eventos, como festas e bailes. “Ontem [terça-feira, 25]
choveu protocolo pedindo para liberar casamentos nos clubes para 300, 400
pessoas. O que falar, gente?”, indagou aos ouvintes o chefe do Executivo, que
acrescentou: “eu quero que volte tudo, não tem que ter restrição nenhuma, mas
nesse momento o abuso vai nos trazer números que provavelmente ninguém quer
ouvir”.