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Eleições 2014 têm o maior número de presidenciáveis

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Gabriel Sartini

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Os eleitores de todo o país terão onze opções de voto para presidente neste domingo. O número de concorrentes é o maior desde 1998, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disputou a reeleição contra onze candidatos. Desde então, o número de candidatos caiu pela metade, nas eleições de 2002, e tem crescido ano a ano. Vários dos nomes que participam da corrida ao Palácio da Alvorada neste ano já disputaram a Presidência nas eleições passadas. Seis dos atuais presidenciáveis se candidataram ao cargo nas eleições de 2010, que garantiu o primeiro mandato a Dilma Rousseff (PT). Além da petista, participaram da disputa Marina Silva (PSB), que na época concorria pelo PV, Levy Fidelix (PRTB), Eymael (PSDC), Rui Costa Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU), que esteve presente desde 1998 em todos as eleições.

Além de contar com seis nomes repetidos, as eleições deste ano mantém a tendência de 2010 e concentra a disputa entre os candidatos do PT, do PSDB e Marina Silva (PSB), que nas eleições passadas obteve a terceira maior votação. Com 19 milhões de votos, Marina ficou atrás do então candidato do PSDB, José Serra. Neste ano, o partido tucano se renovou e lançou o senador e ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) ao cargo. Segundo as últimas pesquisas de opinião, a disputa pela Presidência deverá ser decidida no segundo.

Entretanto, ainda é incerto qual dos candidatos fará oposição a petista Dilma, que busca consolidar a hegemonia do partido por mais quatro anos com a reeleição. De acordo com os institutos de pesquisa, o candidato tucano Aécio Neves (PSDB) segue empatado com Marina. A candidata do PSB tem apresentado queda, enquanto as intenções de voto em Aécio têm crescido nos últimos levantamento. A definição do segundo turno será decidida neste domingo nas urnas.

Também estão entre as opções dos eleitores os candidatos nanicos Eduardo Jorge (PV), Pastor Everaldo (PSC), Mauro Iasi (PCB) e Luciana Genro (PSOL). O horário da votação é entre às 8 horas e 17 horas. Caso as pesquisas de confirmem e a disputa acabe no segundo turno, os eleitores deverão retornar às urnas eletrônicas no dia 26 de outubro.

Dilma Rousseff busca o segundo mandato

Candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT) concorre pela coligação ‘Com a Força do Povo’. A agremiação traz o apoio oficial de oito partidos da base aliada para garantir o segundo mandato de Dilma e completar 16 anos de PT no Governo Federal. Trabalham pela reeleição da petista o PSD, o PP, o PR, o PROS, o PDT, o PCdoB, o PRB e o PMDB, que relançou Michel Temer à vice-presidência da República ao lado de Dilma.

Liderando as pesquisas, Dilma também conta com a campanha mais rica do país e, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), arrecadou R$ 123,3 milhões nas duas primeiras prestações de conta. Além das lideranças dos oito partidos, Dilma conta com o apoio e a participação direta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas campanhas eleitorais, que buscaram destacar programas sociais realizados nos últimos anos de governo.

Aécio Neves busca a renovação no governo

Aposta da renovação no PSDB, senador Aécio Neves faz frente ao grupo de oposição ao Governo Federal na corrida pela Presidência. Foi governador de Minas Gerais entre 2003 e 2010, após quatro mandatos consecutivos na Câmara dos Deputados. Se elegeu ao Senado em 2011 e concorre, hoje, à Presidência pela coligação ‘Muda Brasil’. O grupo integra os principais partidos da oposição no Congresso Nacional, com o PSDB, PMN, SD, DEM, PEN, PTN, PTB, PTC e PTdoB.

Nos investimentos com campanha, Aécio é o segundo colocado e arrecadou praticamente a metade do captado pela campanha de Dilma, com R$ 42,3 milhões. Crítico do Governo Federal, Aécio defende políticas econômicas com menos intervenção do Estado, como a autonomia operacional do Banco Central o controle da inflação e das taxas de juros. Investimentos em infraestrutura e logística através de parcerias público-privadas também constam no plano de governo tucano.

Marina Silva defende a alternância do Poder

Com a morte de Eduardo Campos (PSB), Marina Silva (PSB) deixou a condição de candidata a vice para se candidatar à Presidência pela coligação ‘Unidos pelo Brasil’, que agrega seis partidos. O acidente aéreo que resultou na morte de Campos também gerou comoção nacional e, em consequência, o crescimento do PSB na disputa pelo Palácio da Alvorada. Marina Silva concorreu à Presidência em 2010 pelo PV e foi a terceira colocada na votação. Deixou o PV para fundar o partido Rede Sustentabilidade, que teve o registro indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com a Rede inviabilizada, a candidata se filiou, em maio deste ano, ao PSB, onde se colocou como vice do então presidenciável Campos. Marina tem a terceira maior campanha, com investimento de R$ 19,5 milhões e também defende maior autonomia da economia brasileira, para impulsionar o crescimento do país.

Eduardo Jorge (PV)

Candidato pelo PV, Eduardo é natural de Salvador e formado em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). No fim da década de 1960, deu início a vida política como militante no movimento estudantil. Exerceu o cargo de Deputado Estadual e Federal quando filiado ao PT ente 1983 e 2003. Foi Secretário Municipal de Saúde em SP no mandato de Luiza Erundina e Marta Suplicy e Secretário do Meio Ambiente no governo de José Serra e Gilberto Kassab.

Eymael (PSDC)

Nasceu em Porto Alegre (RS), em 1939. É formado em Direito e História Natural pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Iniciou a carreira política como militante do Partido Democrata Cristão (PDC), extinto durante o regime militar. Concorreu a Prefeitura de São Paulo em 1985 e foi eleito Deputado Federal no ano seguinte – reeleito em 1990. Já concorreu à Presidência da República em 1998, 2006 e 2010.

Levy Fidelix (PRTB)

Nasceu na cidade mineira de Mutum, em 1951. Entrou no meio político em 1996, quando disputou o cargo de Prefeito de São Paulo. Tentou ainda, por duas vezes, o cargo de Governador, de Vereador e de Deputado Federal – além de Prefeito, novamente, em outros dois processos. Em 2010, foi candidato a Presidente. Terminou todas as disputas sem sucesso – a maior porcentagem de votos veio em 2008, quando disputou a prefeitura paulistana, com 0,09%.

Luciana Genro (PSOL)

Gaúcha de Santa Maria, formou-se em Direito pela Universidade Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e, atualmente, cursa mestrado na Universidade de São Paulo (USP). É filha de Tarso Genro, atual Governador do Rio Grande do Sul. Em 1994, foi eleita Deputada Estadual pela primeira vez, se reelegendo quatro anos depois. Em 2002 e 2006, conquistou o cargo de Deputada Federal. Participou ativamente na processo de fundação do PSOL, entre 2003 e 2004.

Mauro Iasi (PCB)

Natural da capital paulistana, formou-se em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e tornou-se mestre e doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP). É professor adjunto da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), presidindo o Sindicado dos Docentes entre 2011 e 2013. Dentre os candidatos à Presidência, Iasi foi o único que visitou Ponta Grossa durante a campanha eleitoral.

Pastor Everaldo (PSC)

Vice-presidente nacional do PSC, Everaldo Dias Pereira nasceu em 1956. Formado em Ciências Atuariais pela Faculdade de Economia e Finanças do Estado do Rio de Janeiro, filiou-se ao partido em 2003 influenciado por Anthony Garotinho – chegando a coordenar os programas de governo. Além de ser pastor da Assembleia de Deus, é um dos líderes da bancada evangélica do PSC e tem apoio do Deputado Federal Marco Feliciano.

Rui Costa Pimenta (PCO)

Natural da capital de São Paulo, é formado em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Iniciou a vida política participando do movimento estudantil, onde chegou ao cargo de Diretor do Centro Acadêmico de Estudos Literários e Linguísticas. Em 1979, participou da fundação do PT em São Paulo e no ABC paulista. Em 1992, saiu do partido e começou a trabalhar pela criação do PCO. Concorre pela quarta vez ao cargo de Presidente.

Zé Maria (PSTU)

Nasceu em Santa Albertina, interior de São Paulo. Metalúrgico, iniciou a vida política no final da década de 1970, quando militou no movimento sindical. Participou da fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do PT, mas deixou o partido em 1992 por ter lutado a favor de novas eleições presidenciais após o impeachment de Fernando Collor. Dois anos depois, fundou o PCO – e ocupa o cargo de presidente nacional do partido desde então.

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