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BNDES financia R$ 22,5 milhões para desenvolvimento de plantadeira inédita

Financiamento impulsiona criação de equipamento com inteligência artificial, controle remoto e propulsão híbrida para uso na agricultura de precisão

Plantadeira autônoma irá revolucionar a agricultura brasileira
Plantadeira autônoma irá revolucionar a agricultura brasileira -

João Victor

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O avanço da agricultura digital no Brasil atingiu um novo patamar de inovação tecnológica após a aprovação de um financiamento de R$ 22,5 milhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)  para apoiar o desenvolvimento de uma plantadeira autônoma inédita no país. 

O projeto, em desenvolvimento desde 2022, é liderado pela J. Assy Agrícola, empresa de Caldas Novas (GO) especializada em tecnologia para semeadura e componentes de precisão. 

A iniciativa, anunciada nesta semana pela Agência de Notícias do BNDES, faz parte do programa Mais Inovação, voltado ao incentivo tecnológico no setor agroindustrial, e está alinhada à nova política industrial do governo federal, que busca aumentar a competitividade e a sustentabilidade da produção rural com o uso da automação. 

Segundo o BNDES, o projeto prevê o desenvolvimento completo de uma plantadeira autônoma e inteligente, capaz de realizar o plantio de sementes sem a presença constante de um operador. 

O equipamento contará com sistemas de georreferenciamento, inteligência artificial e controle remoto, além de propulsão híbrida (diesel-elétrica) para reduzir o consumo de combustível e as emissões de carbono. 

Equipamento moderno contará com serviço de inteligência artificial
Equipamento moderno contará com serviço de inteligência artificial |  Foto: Divulgação/Agrofy News
  

O modelo será projetado para realizar rotas autônomas com precisão, ajustando velocidade, profundidade e densidade de plantio conforme as condições do solo e da cultura. 

Todo o processo será monitorado por uma central digital, que permitirá o acompanhamento em tempo real, o diagnóstico remoto de falhas e a atualização de software à distância. 

A expectativa é que o protótipo esteja pronto até 2028, com testes de campo previstos em propriedades agrícolas do Centro-Oeste e do Sul do país. Depois, as portas estarão abertas para a produção em maior escala. 

Inovação e competitividade 

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o projeto representa um avanço estratégico para a indústria nacional de máquinas agrícolas. 

“A agricultura brasileira é uma das mais produtivas do mundo, mas depende fortemente de tecnologia importada. Com esse projeto, damos um passo para consolidar o país também como exportador de inovação”, afirmou. 

“A autonomia de máquinas é um caminho natural da agricultura moderna. Nosso objetivo é oferecer uma solução que aumente a produtividade e reduza custos para o produtor, com tecnologia desenvolvida no Brasil”, afirmou em nota o diretor-executivo da J. Assy, José Assy Neto. 

Fundada há mais de 40 anos, a J. Assy Agrícola, empresa de Boituva, no interior de São Paulo, é uma das maiores fornecedoras de discos de semeadura e componentes de precisão do país. 

A empresa já investiu mais de R$ 100 milhões nos últimos três anos em pesquisa e desenvolvimento e agora conta com o aporte do BNDES. 

A automação do plantio deve redefinir a operação agrícola em fazendas de médio e grande porte, onde o custo de mão de obra e a precisão da semeadura impactam diretamente no resultado da safra. 

A nova geração de máquinas autônomas promete melhor aproveitamento das janelas de plantio, operação contínua (24 horas por dia), redução de desperdício de sementes e insumos, além de maior segurança nas tarefas de campo.

Futuro da automação 

O BNDES projeta que, até 2030, o país poderá consolidar uma cadeia de máquinas agrícolas inteligentes, produzidas nacionalmente e voltadas à exportação. 

Além da plantadeira autônoma, há estudos em curso para o desenvolvimento de tratores elétricos, pulverizadores inteligentes e colheitadeiras robotizadas. 

Para o agronegócio, a aposta em tecnologia brasileira representa maior independência tecnológica, redução de custos de importação e fortalecimento da indústria nacional de base agrícola.

Com informações: Agrofy News.

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