Milei ironiza Brasil, critica Mercosul e ameça retirar Argentina do bloco
Presidente argentino afirmou que quer fazer acordos com os Estados Unidos
Publicado: 02/03/2025, 17:18

O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que pode retirar o país do Mercosul durante discurso na abertura do Congresso argentino no último sábado (1º). Ele criticou o bloco econômico, argumentando que ele favorece a indústria brasileira em detrimento da economia argentina.
“O único resultado que o Mercosul conseguiu desde sua criação foi enriquecer os grandes industriais brasileiros, às custas de empobrecer os argentinos”, declarou.
O presidente defendeu que a Argentina busque um acordo comercial direto com os Estados Unidos, ainda que isso implique a saída do Mercosul.
A Argentina ocupa atualmente a presidência pro tempore do bloco, que negocia um acordo comercial com a União Europeia.
As tratativas enfrentam resistência de alguns países europeus e têm sido alvo de críticas do governo argentino. Milei reforçou que sua prioridade é reduzir barreiras comerciais e facilitar relações bilaterais com outras nações.
AGENDA ECONÔMICA ARGENTINA - Em seu discurso, Milei também destacou sua agenda de reformas econômicas, conhecida como “motosserra”, que inclui corte de gastos públicos, demissões no funcionalismo e fechamento de órgãos governamentais.
“A motosserra, hoje, é um símbolo de uma mudança de época, o início de uma nova era dourada para a humanidade, mas desta vez, no lugar de ir na contramão do mundo, a Argentina está na vanguarda”, afirmou.
O presidente celebrou os efeitos de suas políticas, alegando que a inflação está em queda e que um novo acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) está próximo.
Entre as reformas anunciadas, estão mudanças no sistema tributário, trabalhista e nas leis de imigração. As medidas têm enfrentado resistência de sindicatos e setores da sociedade, com protestos e questionamentos judiciais.
As informações são do portal IG