Casal brasileiro desaparecido no Chile comeu gelo para sobreviver

O casal brasileiro Eraldo Rodrigues, de 60 anos, e Aurora Rodrigues, de 59 anos, que ficaram desaparecidos cinco dias no Chile tiveram que comer gelo para sobreviver. Eles sumiram no domingo (18), durante uma viagem de carro pela América do Sul.

Os dois foram encontrados no Passo de São Francisco, na fronteira entre o Chile e a Argentina, na sexta-feira (23).

“Foram dias muito difíceis, a nossa fé foi colocada à prova e a nossa esperança de retornar também. Quando nós nos vimos na situação, a única certeza que tínhamos é que podíamos não voltar”, afirmou Aurora ao G1.

CASO - O casal saiu de Resende, cidade do interior do Rio de Janeiro, no dia 2 de agosto, para uma viagem de carro passando pela Argentina e depois para o Chile. Entretanto, a última localização registrou em um hotel em Copiapó, no domingo (18).

Ao G1, a nora do casal, Cíntia Martins, explicou que o tempo estava bom quando eles saíram do hotel, no entanto, em um certo ponto da viagem, começaram as nevascas.

O veículo atolou na neve e foi o momento em que os dois precisaram sair do veículo. Pouco tempo depois, Eraldo e Aurora encontraram um abrigo e recolheram alguns itens para montar uma barraca, como colchão e um fogareiro. Por não saber quanto tempo ficariam no local, o casal precisou planejar como iriam fazer a comida durar, pois tinham maçãs, biscoitos, balas e latas de atum no carro.

“No quarto dia a água acabou, então eles comiam o gelo para se hidratar e também o gás do fogareiro acabou. Era o limite mesmo”, disse Cíntia ao G1.

Os brasileiros escreveram bilhetes com pedidos de socorro e até resolveram deixar recados nos vidros do carro caso alguém encontrasse.

RESGATE - O casal foi resgatado na sexta-feira (23) por agentes da instituição de Polícia Ostensiva do Chile. “Após intensas buscas, os Carabineros resgataram nesta manhã dois turistas de nacionalidade brasileira que estavam perdidos perto da fronteira internacional com a Argentina”, informou a delegação nas redes sociais.

As informações são do Metrópoles