Bolsonaro é indiciado nos inquéritos das joias e das vacinas

A Polícia Federal (PF) decidiu indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro em dois inquéritos distintos. O primeiro investiga a venda ilegal de joias no exterior, enquanto o segundo apura a falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19. De acordo com fontes da cúpula da PF, os relatórios serão enviados nesta quinta-feira (4) ao Supremo Tribunal Federal (STF), que por sua vez encaminhará os documentos à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Além de Bolsonaro, outros aliados e auxiliares do ex-presidente também estão na lista de indiciamentos da PF no caso das joias. Entre eles estão os advogados Fabio Wajngarten e Frederico Wasseff. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também será indiciado; ele desempenhou um papel fundamental nas investigações após fechar um acordo de delação premiada com a PF.

HISTÓRICO - No mês de março, a PF já havia solicitado o indiciamento de Bolsonaro e Cid no inquérito das vacinas. No entanto, no mês seguinte, a PGR devolveu o relatório e pediu que a Polícia Federal aprofundasse as investigações. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou em despacho que era necessário reunir mais elementos sobre as investigações de adulteração do cartão de vacinas.

INVESTIGAÇÃO - Agora, cabe à Procuradoria-Geral da República analisar os relatórios e decidir se irá oferecer denúncia contra os indiciados. O caso será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, que será responsável por dar continuidade ao processo, caso seja aceita a denúncia. O ex-presidente Jair Bolsonaro e os demais envolvidos terão a oportunidade de apresentar suas defesas durante o trâmite legal.

Com informações de Metrópoles.