Homem vive com pulmão de aço há 70 anos e viraliza na internet
O norte-americano Paul Alexander vive há 70 anos em um pulmão de aço; atualmente, tem mais de 100 mil seguidores no TikTok e compartilha a rotina
Publicado: 04/02/2024, 11:51
Como é viver com um pulmão de aço? É essa pergunta que responde o advogado Paul Alexander, dos EUA, através de sua conta do TikTok. O homem precisou ser submetido a esse procedimento aos seis anos (em 1952), por conta da poliomielite.
O pulmão de aço foi inventado por Philip Drinker, um engenheiro médico, em 1928. Apesar de claustrofóbica, a câmara metálica funciona com válvulas que aplicam pressão negativa — o que ajuda o paciente a inspirar bombeando ar para o exterior, permitindo assim que o tórax se expanda. À medida que o ar é bombeado de volta para a máquina, ele consegue expirar.
O paciente só pode sair temporariamente dos limites da máquina por dois ou três minutos, e mesmo assim precisa colocar em prática uma técnica em que os músculos da garganta são utilizados para forçar o ar para os pulmões.
O pulmão de aço foi um método muito usado na antiguidade (nos anos 1930, por exemplo, quando foi emblemático no tratamento da pólio), mas atualmente já caiu em desuso, porque os cientistas desenvolveram sistemas menos invasivos de ventilação. Por isso, Alexander é um dos poucos pacientes ainda vivos que depende desse tipo de maquinário.
Como funciona um pulmão de aço? - O pulmão de aço, muito utilizado nos pacientes acometidos pelos antigos surtos de poliomielite, é uma câmara central cilíndrica em aço, selada por uma porta que permite o movimento apenas da cabeça e pescoço. É um ambiente apertado, em que o paciente permanece deitado, sem muito espaço para se mexer. Em seu funcionamento, as bombas que controlam a circulação de ar que periodicamente aumentam e diminuem a pressão do ar no interior da câmara.
Mas a ventilação por pressão negativa (técnica da qual consiste o pulmão de aço) foi quase totalmente substituída por meios de ventilação de pressão positiva (ventilação não-invasiva), intubação ou ventilação bifásica, usadas hoje em hospitais, centros de terapia intensiva e home care.
Com informações: Portal Terra e The Guardian