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Região deve produzir 3 milhões de toneladas de grãos

Produção é estimada para a primeira safra do ciclo 2022/23, segundo projeções do Deral. Rendimento está entre os melhores da história

Excesso de chuvas nas últimas semanas atrasou a colheita mas não chegou a trazer perdas a ponto de reduzir a produtividade na região
Excesso de chuvas nas últimas semanas atrasou a colheita mas não chegou a trazer perdas a ponto de reduzir a produtividade na região -

Fernando Rogala

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A região dos Campos Gerais deverá colher, nesta safra 2022/23, uma das maiores safras de grãos de sua história. Com perspectiva de alto rendimento, tanto no milho quanto na soja, o total produzido na primeira safra de grãos deverá alcançar a marca de 3,08 milhões de toneladas. Apesar dos vários dias seguidos com chuva na região, e o atraso no início da colheita em algumas áreas, até o momento não há o relato de perdas na produtividade junto aos municípios dos Campos Gerais. No Paraná, a previsão é de que 20,8 milhões de toneladas de soja sejam colhidas, valor que se confirmado será o maior valor da história para o Estado, segundo informou a Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgada nesta quinta-feira pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

No caso da soja, 544,4 mil hectares foram plantados na região e a perspectiva é de que sejam colhidos 2,17 milhões de toneladas do grão nos municípios da regional neste ciclo. Esse valor será alcançada com o rendimento esperado mantido em 4 mil quilos por hectare. Se na soja é esperada a segunda melhor produtividade da história da região, no milho é esperada a maior, com 11 mil quilos por hectare: no total, 863,8 mil toneladas são esperadas para serem colhidas em uma área de 78,3 mil hectares. Na comparação com o ano passado, há a perspectiva de crescimento de 6,3% na produção de soja e de 24,4% no milho, no período de um ano. No ciclo 2021/22, a 1ª safra de grãos totalizou 2,77 milhões de toneladas, valor 11,11% abaixo do estimado para este ano.

CLIMA

Luiz Alberto Vantroba, economista do núcleo regional do Deral, explica que o excesso de umidade, de modo geral, não chegou a impactar a qualidade dos grãos. “A colheita de soja e milho estava atrasada, mas ainda assim as áreas não chegaram a estar encharcadas e estavam colhendo, apesar da umidade estar alta. Como o tempo melhorou, as atividades foram aceleradas, e as áreas um pouco atrasadas, vão ficar praticamente em dia com o sol e temperaturas elevadas nesta quarta (1) e quinta (2)”, reforçou o profissional.

ESTADUAL

Em âmbito estadual, as expectativas para a cultura da soja representam um aumento de 70% no volume de produção comparativamente à safra 2021/2022, quando foram produzidas 12,31 milhões de toneladas. A colheita do grão avançou para 17% da área nesta semana, e 85% das lavouras se encontram em boas condições e 12% em condições medianas. Segundo a chefe em exercício do Deral, Larissa Nahirny, somando-se a primeira e a segunda safra, o Paraná deve produzir 41,07 milhões de toneladas de grãos (todas as culturas) no ciclo 2022/2023. “Apesar do atraso no plantio e, consequentemente, na colheita dos principais grãos, como soja e milho, os agricultores paranaenses podem ter um bom resultado”, diz.

Feijão de 1ª safra foi 100% colhido na região

O feijão de primeira safra foi impactado pelo clima entre os meses de setembro e novembro, que trouxe perdas. Ainda assim a redução na produtividade nos municípios da regional não foi tão grande quanto se esperava e está estimada em 1.904 quilos por hectare. Isso deve resultar numa produção total de 46,3 mil toneladas na região – chegou-se até a estimar um valor 10% abaixo disso. Na comparação com a 1ª safra do ciclo anterior (2021/22), o crescimento na produção será de 23%. No Paraná, cerca de 95% da área já foi colhida, o equivalente a 110 mil hectares. A previsão é da produção, nesta 1ª safra, de 193,2 mil toneladas no Estado, com rendimento médio de 1.681 quilos por hectare.

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