Cotidiano

O reajuste provocará aumento de 6,78% na tarifa média dos consumidores de energia
Foto: Otto Drone
Confira simulação de como fica a conta de luz
A taxa extra nas contas de luz subirá de R$ 9,49 para R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos
O governo anunciou que o maior patamar da bandeira tarifária
será reajustado em 50% a partir desta quarta-feira. A taxa extra nas contas de
luz subirá de R$ 9,49 para R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh)
consumidos.
O reajuste provocará aumento de 6,78% na tarifa média dos
consumidores de energia, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel).
O Ministério de Minas e Energia (MME) também anunciou um
programa para incentivar a redução voluntária de consumo de eletricidade para
os clientes residenciais e os pequenos comércios (que são atendidos pelas
distribuidoras nas cidades e não podem comprar energia no mercado livre) por
meio de descontos nas contas.
No entanto, o pagamento desse bônus só será feito na fatura
de janeiro de 2022.
Será criada uma nova bandeira tarifária, a mais alta de
todas, chamada de “Escassez Hídrica” com o objetivo de cobrir os custos mais
elevados da geração de energia por termelétricas, acionadas para substituir as
hidrelétricas com reservatórios vazios.
Nova bandeira vale até abril de 2022
Os cidadãos de baixa renda que atualmente aderem à tarifa
social não serão afetados pelas novas regras da bandeira, sendo mantido o valor
atual. A medida valerá de 1º de setembro a 30 de abril de 2022.
O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, explicou que a
bandeira será necessária para custear as despesas financeiras decorrentes das
medidas para driblar a crise hídrica.
"Assim, tendo em vista o déficit de arrecadação já
existente, superior a R$ 5 bilhões, e os altos custos verificados,
destacadamente de geração termelétrica, foi aprovada determinação para que a
Aneel implemente o patamar específico da Bandeira Tarifária, intitulado
'Escassez Hídrica', no valor de R$ 14,20 (a cada 100 kWh), com vigência de 1º
de setembro de 2021 a 30 de abril de 2022", informou o governo em nota.
"Estamos adotando medidas em face da escassez hídrica
desde o fim do ano passado. Isso é para garantir a segurança energética. Nós
trabalhamos para ter a oferta suficiente para atender todas as unidades consumidoras
do país", disse o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Ministro diz que não faltará energia
O ministro garantiu que todos os cenários mostram que há
oferta para atender a demanda de energia.
"Todos os cenários que nós possuímos indicam que nós
temos a oferta suficiente para a demanda do sistema. As medidas estão surtindo
efeito, mas ainda não nos levam a uma situação de normalidade. Por isso estamos
adotando todas as medidas. Queremos mostrar para o consumidor que a energia
está mais cara, mas adotando a redução do consumo essa energia será mais
barata", afirmou.
Questionado se há risco de apagão, o ministro de Minas e
Energia não respondeu diretamente, mas disse acreditar estar no caminho certo:
"A fotografia de hoje é essa. Nós não temos como prever
o futuro. Em face do custo da geração ter aumentado, foi necessária essa
bandeira de escassez hídrica em face do momento excepcional. Nós acreditamos
que essas medidas são suficientes."
As bandeiras são uma forma encontrada pelo governo de
compensar o aumento dos custos de geração nas contas de luz. Com o agravamento
da crise hídrica, foi da verde à vermelha em pouco tempo.
A bandeira ficou amarela entre janeiro e abril, vermelha 1
em maio e vermelha 2 e em junho. Em julho e agosto também foi vermelha 2, após
passar por um reajuste de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 KWh.
Bônus de R$ 0,50
Pelo programa de bônus criado pelo governo, será possível
ganhar um desconto na conta de luz com uma redução de pelo menos 10% do consumo
de energia. O bônus na tarifa deve valer até uma redução de 20% — acima disso
não haveria benefícios. O governo espera uma diminuição média de 15% por
família. O MME estima uma redução de 1,41% do consumo total de energia.
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