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Casos e mortes por Covid explodem na Argentina

País é o quinto com mais casos do mundo e vê situação apertar enquanto números só aumentam

País se aproxima de 1 milhão de casos, é o quinto do mundo e vê situação apertar
País se aproxima de 1 milhão de casos, é o quinto do mundo e vê situação apertar -

Da Redação

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País se aproxima de 1 milhão de casos, é o quinto do mundo e vê situação apertar

A Argentina registra 979.119 casos confirmados de Coronavírus, segundo dados atualizados da Universidade Johns Hopkins. O país sulamericano estava mantendo controlado os números até as últimas semanas, quando viu a confirmação de casos e mortes explodirem.

Neste sábado (17), o país registrou 384 mortes e 13.510 casos em 25 horas. Com 44 milhões de habitantes, a Argentina passou a ser o quinto país com mais infeções a nível mundial, depois dos Estados Unidos, Índia, Brasil e Rússia.

Em um discurso transmitido pela TV, o presidente Alberto Fernández disse que, apesar da curva de contágio na região metropolitana da capital Buenos Aires, que já chegou a concentrar 85% dos infectados, ter se estabilizado, o coronavírus "se espalhou por toda a Argentina".

Na última quinta-feira (15/10), foi registrado o maior número diário de novos casos: foram 17,09 mil. O recorde de mortes se deu e 8 de outubro, com 515 óbitos registrados em um único dia. Um dos motivos para esse agravamento foi a propagação do coronavírus pelo interior do país, diz Omar Sued, presidente da Sociedade Argentina de Infectologia.

O médico Marcelo Nahin, coordenador de transplantes do Hospital de Alta Complexidade El Cruce, diz que a Argentina se comportou como se fosse na verdade dois países.

"Enquanto os casos estavam concentrados na região metropolitana de Buenos Aires, as pessoas no interior do país levavam vida quase normal. Saíam para jantar e faziam encontros familiares", diz Nahin.

O médico avalia que isso contribuiu para a circulação do vírus. Ao mesmo tempo, as barreiras em estradas e aeroportos, criadas por vários municípios e Províncias para impedir ou limitar a entrada de quem não morava nestes locais, parecem não ter surtido os efeitos esperados.

Nahin observa que a média de idade dos infectados na Argentina é de 36 anos, o que indica que os mais jovens relaxaram na prevenção por acreditarem que seriam menos afetados pelo vírus.

Enquanto os idosos tomaram mais cuidados, os mais jovens continuaram saindo de casa normalmente e podem ter passado o vírus para familiares, diz Nahin. Os críticos da longa quarentena realizada no país dizem ainda que, ao longo desse tempo, a população perdeu o medo de contrair a covid-19.

Junto com isso, a necessidade de sair para trabalhar, em um país onde a informalidade atinge mais de 40% da população economicamente ativa, também falou mais alto, observa Adolfo Rubinstein, que foi ministro da Saúde do governo de Mauricio Macri, opositor de Fernández.

Porém, até aqui, os especialistas concordam que apesar de preocupante, o sistema de saúde argentino não tende a "colapsar".

Com informações de agências internacionais de notícias e BBC

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