Assassino de Rachel Genofre teria fixação por sexo infantil
Chama a atenção o uso de várias palavras-chave relacionadas ao tema, tanto em português, quanto em inglês.
Publicado: 28/09/2019, 17:20

Chama a atenção o uso de várias palavras-chave relacionadas ao tema, tanto em português, quanto em inglês.
A Polícia Civil divulgou nesta segunda (28) uma
perícia realizada pela Polícia Científica do Paraná no computador de Carlos
Eduardo dos Santos, 52 anos, identificado por DNA como o assassino da
menina Rachel Genofre. O laudo aponta que ele tem fixação em pornografia
infantil, já que fez várias pesquisas envolvendo sexo com crianças. Também
foram identificados sites em que ele costumava entrar sempre envolvendo
pedofilia.
Em entrevista coletiva, na semana passada, o
delegado da Polícia Civil Marcos Fontes afirmou que o suspeito de
matar Rachel, comete crimes há pelo menos 31 anos no Paraná, Santa
Catarina e São Paulo. O primeiro deles, um abuso sexual contra uma menina de
apenas 4 anos, foi em julho de 1985 em Sâo Vicente, em São Paulo. O último
crime, segundo as investigações, foi um estelionato, em 2016. Em todos os
crimes, Santos usou de mentiras, inclusive identidades falsas para ludibriar as
vítimas, fossem de abuso sexual, roubo ou estelionato. Foram pelo menos seis
estupros, todas contra crianças entre 4 e 4 anos.
A Polícia já pediu ao Instituto de Criminalística uma
análise sobre um possível transtorno de personalidade. Independente do laudo, o
delegado esclareceu que Santos será indiciado por homicídio triplamente
qualificado por meio cruel e atentado violento ao pudor. "Que ele é autor
do crime não há dúvidas, já que o teste genético é 100% seguro. Estamos agora
montando a história do assassinato de Rachel e entre o primeiro e segundo
depoimento de Santos foram muitas diferenças e muitas coisas que não conseguimos
confirmar. Ele é um monstro e que usa da mentira para ludibriar", disse o
delegado Fontes. O suspeito, que estava preso em Sorocaba desde 2016 para
cumprir pena de 22 anos por outros crimes, já está em Curitiba e deve ser
transferido para a Casa de Custódia.
O crime
Rachel foi encontrada morta dentro de uma mala na Rodoviária
de Curitiba em 2008. Durante todos estes anos o crime parecia insolúvel, até
que o cruzamento de dados de bancos genéticos nacionais chegaram até o
suspeito.
O principal responsável pela elucidação do assassinato
de Raquel Genofre, que estava há 11 anos sem solução, foi o esforço conjunto do
governo federal e dos governos estaduais do Paraná e de São Paulo na coleta de
perfis genéticos de criminosos. Peritos fizeram um mutirão de coleta de DNA de
presos em São Paulo, dentro do Projeto de Identificação de Condenados pelo
Perfil Genético desenvolvido pelo Ministério da Justiça e Segurança
Pública. Os dados apontaram para um match genético com o material coletado
sobre o corpo de Rachel Genofre.