Estudo aponta que região não está pronta para desastres naturais | aRede
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Estudo aponta que região não está pronta para desastres naturais

Ministério da Ciência indica que nove municípios da região têm planos de contingência ineficazes para desastres naturais

Equipe da Defesa Civil afirma realizar pesquisas e analisar riscos dos municípios da região
Equipe da Defesa Civil afirma realizar pesquisas e analisar riscos dos municípios da região -

Heryvelton Martins

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A recente tragédia no Rio Grande do Sul, causada por fortes chuvas e enchentes, acendeu um alerta na região dos Campos Gerais, no Paraná. Uma análise do Sistema de Informações e Análises sobre Impactos das Mudanças Climáticas, utilizando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que apenas nove dos 22 municípios da região possuem planos de contingência efetivos para lidar com desastres naturais.

A situação é preocupante, considerando especialmente a presença de diversas barragens na região, algumas classificadas como de alto risco pela Agência Nacional de Águas (ANA). Dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação indicam que os planos de contingência de mais da metade dos municípios da região são ineficazes ou inexistentes, o que sugere que a região pode não estar preparada para enfrentar desastres naturais de grande magnitude.

A informação foi rebatido pelo capitão Anderson Gomes das Neves, chefe do Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cegerd), que afirmou que os 399 municípios do estado têm planos de contingência testados periodicamente. “A Defesa Civil possui o Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres, que faz o monitoramento 24 horas dos eventos geológicos, realizando a emissão de alertas para a população e analisando os planos de cada município, entendendo os recursos e ações necessárias em caso de desastre”, afirmou o coronel em entrevista ao Portal aRede e Jornal da Manhã.

Vale lembrar que, segundo a última avaliação da Agência Nacional de Águas (ANA), realizada nos últimos meses, a região possui duas barragens de alto risco, categorizadas como “de risco e dano potencial”. Uma delas fica em Jaguariaíva, utilizada para agricultura, e a outra em Imbituva, usada atualmente para recreação. O caso mais preocupante é o do município de Jaguariaíva, que, questionado pela equipe do Portal aRede e Jornal da Manhã, afirmou estar revendo todo o plano de contingência e realizando reuniões sobre o tema, de modo a aprimorar o plano que o município já possui.

O chefe do Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cegerd) do estado ainda defendeu que, mesmo que as chuvas intensas atinjam a região, as prefeituras e o órgão estão preparados. "A Defesa Civil possui coordenadorias regionais, justamente para estar mais próxima dos municípios. Ou seja, cada coordenadoria regional de proteção e defesa civil consegue chegar mais perto da população", destacou o capitão Anderson Gomes das Neves.

CHUVAS - Felizmente, uma das preocupações que movimentou o Rio Grande do Sul nos últimos meses não afeta a região dos Campos Gerais, visto que as fortes chuvas que provocaram enchentes e colocaram à prova o plano de contingência do estado não devem atingir a região paranaense. Segundo o meteorologista Lizandro Jacóbsen, em entrevista ao Portal aRede e Jornal da Manhã, não há risco de as chuvas que atingiram o estado gaúcho alcançarem a região dos Campos Gerais com a mesma intensidade, visto que esta região não apresenta chuvas excessivas nos últimos tempos e não há previsão de que isso ocorra.

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