Polícia desvenda homicídio e apresenta três suspeitos

A Polícia Civil elucidou o assassinato que chocou a pacata Carambeí, cidade a 30 km de Ponta Grossa. Hoje (14) pela manhã, três rapazes suspeitos de participação no homicídio de Douglas Ruths, 20 anos, ocorrido no último sábado (8) foram apresentados no 2° Distrito da Polícia Civil de Ponta Grossa. Rodrigo Ribas de Oliveira, de apelido Rodrigo ‘Rato’, de 21 anos; e os irmãos, Anderson Nilson da Silva Lopes, de 22 anos, e Jeferson da Silva Lopes, de 21, se apresentaram para o delegado Marcus Vinicius Sebastião, que comanda o caso. Outro suspeito, identificado com o apelido de “Maicon Bilgo”, que também teria participado do crime, está foragido.

Eles foram acompanhados de um advogado e entregaram as armas, que a polícia acredita terem sido usadas no crime - um revólver calibre 22 e uma espingarda calibre 32. Eles foram ouvidos em juízo e a polícia deve pedir a prisão preventiva dos suspeitos.

O assassinato causou medo na população da cidade. Segundo informações, o crime foi motivado por razões passionais, mas todos os envolvidos – autores e vítimas – seriam de gangues armadas suspeitas de praticarem assaltos e terem associação com o tráfico de drogas na cidade.

O crime

Era por volta da 23h30 da noite de sábado. Douglas, conhecido por Douglinhas, estava com amigos em uma fila para entrar numa casa noturna na Avenida München, quando apareceram seus desafetos em maior número. Os rapazes teriam abordado a turma de Douglinhas e os desafiado para uma briga.

Com medo, Douglinhas e seus amigos fugiram pelas ruas do centro de Ponta Grossa a pé e se esconderam nas proximidades da Rodoviária. Quando se sentiram seguros, voltaram até a Avenida München para recuperar seus veículos. Mas os carros haviam sido depredados pelos rivais.

Então, Douglinhas chamou um amigo de Carambeí para leva-los até a cidade. A carona veio e a todos se esconderam na casa do rapaz que deu a carona, já em Carambeí. Por volta das 3h30, a vítima e seus amigos saíram da casa achando que estavam seguros. Mas não contavam com a persistência dos assassinos, que os aguardavam do lado de fora.

Douglinhas foi executado com dois tiros. Um no peito e outro no rosto. Os disparos teriam partido do revólver, calibre 22. Já o amigo tomou um tiro na perna com a espingarda. O sobrevivente, que para sua segurança não teve o nome divulgado, reconheceu os suspeitos. Como o crime não foi em flagrante, é necessário uma ordem de prisão preventiva para que os autores sejam presos.

Criminalidade aumenta e dá trabalho para Polícia

Esse foi a segunda morte violenta registrada este ano na cidade. Em menos de três meses, houve mais homicídios que todo o ano passado, quando a cidade registrou um assassinato. O primeiro homicídio foi a morte de Gabrielli Aparecida da Rosa, 14 anos. Ela foi atropelada na calçada de casa por Joelson de Almeida, 34 anos. O crime teve repercussão nacional e chocou a cidade.