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Médica explica ações de crianças com ‘pets’ que merecem atenção

Recentemente, uma criança matou 23 animais num hospital veterinário, no Paraná

Erika Zanoni é médica veterinária psiquiatra
Erika Zanoni é médica veterinária psiquiatra -

Rodolpho Bowens

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Em 13 de outubro, uma grave ocorrência aconteceu no município de Nova Fátima, no Norte do Paraná. Uma criança, de nove anos, invadiu um hospital veterinário e matou 23 animais de pequeno porte – relembre a notícia publicada no Portal aRede clicando aqui. Sobre o caso, a médica veterinária psiquiatra, neurocientista, zoóloga e pós-doutora em Direito Animal, Erika Zanoni Fagundes Cunha, explica alguns comportamentos que precisam de atenção.

1 - Brincar de ‘casinha’ com o animal: Vestir o animal com roupas ou acessórios, forçando-o a ficar em posições desconfortáveis por longos períodos. Isso pode causar estresse e desconforto físico.

2 - Perseguir ou correr atrás do animal: As crianças podem achar que estão brincando, mas perseguir o animal pode causar pânico, estresse e, em alguns casos, resultar em lesões se o animal tentar escapar rapidamente. Além disso, animal pode morrer de um problema chamado miopatia da captura.

3 - Forçar o animal a ser carregado ou abraçado: Muitas crianças gostam de pegar o animal no colo ou abraçar com força, mas isso pode ser desconfortável e estressante, especialmente se o animal não estiver gostando.

4 - Impedir o animal de descansar: Continuar tentando brincar com o animal mesmo quando ele quer descansar ou se esconder, o que interrompe seus períodos naturais de descanso e recuperação.

5 - Colocar o animal em carrinhos ou caixas: Forçar o animal a ficar em carrinhos de brinquedo, caixas ou outros espaços pequenos, sem considerar seu desconforto ou medo.

6 - Fazer o animal participar de brincadeiras antinaturais: Forçar o animal a "participar" de brincadeiras humanas, como fingir que ele é um "bebê", "bicho de pelúcia" ou um "personagem" que precisa seguir comandos irreais, causando frustração e estresse.

7 - Gritar ou falar alto perto do animal: Crianças às vezes se empolgam e falam alto perto dos animais, o que pode ser perturbador para eles, especialmente para os que são mais sensíveis ao som.

8 - Puxar o rabo, orelhas ou patas: Muitos pais acham que é parte da interação infantil, mas isso pode causar dor, desconforto e até lesões no animal.

9 - Forçar o animal a fazer truques repetidamente: Quando o animal é constantemente forçado a realizar truques ou comandos sem descanso, isso pode gerar frustração e esgotamento físico e emocional.

10 - Brincar de esconde-esconde forçado: Esconder o animal ou impedir que ele fuja quando está com medo, sem dar a opção de se retirar da situação, o que pode levar ao aumento do estresse e até comportamentos defensivos.

Como pais e educadores devem agir?

- Educar a criança sobre os limites dos animais: Ensinar que os animais têm sentimentos e que devem ser tratados com respeito;

- Supervisionar as brincadeiras: Garantir que as interações entre a criança e o animal sejam seguras e respeitosas para ambos;

- Explicar os sinais de desconforto: Ensinar a reconhecer quando o animal está desconfortável ou com medo, como orelhas para trás, rabo entre as pernas ou tentativas de se afastar.

Segundo Erika, em muitas vezes, os pais interpretam alguma atitudes como normais. “No entanto, é crucial lembrar que o sistema nervoso das crianças está em pleno desenvolvimento, e elas precisam de orientação e treinamento apropriados para aprender a amar e respeitar os animais”, comenta a médica veterinária.

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