Metade das mortes por câncer podem ser evitadas, mostra estudo
Em 2019, ao menos 40% dos casos de câncer nos EUA, foram relacionados ao tabagismo, excesso de peso e o consumo de bebidas alcoólicas
Publicado: 16/07/2024, 18:58
Metade das mortes por câncer poderiam ser evitadas entre os adultos dos Estados Unidos se eles levassem um estilo de vida mais saudável, afirma a Sociedade Americana do Câncer (ACS).
Um levantamento feito a partir da análise de 1,78 milhão de casos de câncer registrados no país em 2019 mostra que fatores de risco modificáveis – como o tabagismo e o sedentarismo – são os principais hábitos relacionados a essas mortes e a 40% de todos os casos de câncer no país.
A descoberta dos pesquisadores da ACS foi publicada na quinta-feira (11/7) no CA: A Cancer Journal for Clinicians.
“Um grande número de casos de câncer e mortes nos EUA são atribuíveis a fatores de risco potencialmente modificáveis, ressaltando que seria possível reduzir substancialmente a carga do câncer por meio da implementação ampla e equitativa de iniciativas preventivas”, consideram os cientistas no artigo.
Estilo de vida e câncer
Para 19 dos 30 tipos de câncer avaliados, mais da metade dos casos e mortes foram atribuídos a fatores de risco potencialmente modificáveis considerados no estudo.
O câncer de pulmão foi o com o maior número de casos e mortes atribuídas aos fatores de risco avaliados: foram 201.660 e 122.740, respectivamente. Ele foi seguido pelo câncer de mama feminino (83.840 casos), melanoma (82.710) e câncer colorretal (78.440).
Na avaliação das mortes por câncer, após o câncer de pulmão aparecem o colorretal (25,8 mil), de fígado (14.720) e esofágico (13,6 mil).
O tabagismo foi o principal fator de risco atribuído aos diagnósticos, relacionado a 19,3% dos casos de câncer e a 28,5% das mortes pela doença. O excesso de peso ficou em segundo lugar com 7,6% dos casos em geral e 7,3% das mortes. Em seguida, aparece o consumo de álcool (5,4% e 4,1%, respectivamente).
Medidas para prevenção do câncer
Os autores do estudo sabem que fatores genéticos e ambientais também podem desempenhar um papel na probabilidade de alguém desenvolver câncer. Mas eles consideram que os diagnósticos de novos casos e as mortes por câncer poderiam ser substancialmente reduzidos com a implementação de iniciativas preventivas, como impostos sobre cigarros para reduzir o tabagismo, triagem e tratamento de infecção por hepatite C e vacinação contra o HPV.
Além disso, são necessárias mais pesquisas para colocar em prática intervenções para prevenir o excesso de peso, dieta não saudável, consumo de álcool e sedentarismo.
Com informações do portal Metrópoles