Turma de Carambeí imerge na história da Fazenda Capão Alto | aRede
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Turma de Carambeí imerge na história da Fazenda Capão Alto

Estudo sobre o tropeirismo e escravidão, além de vários contextos históricos e geográficos, ocorreram junto ao 4º ano da Escola Rural Santa Cruz

Registros mostram atuação das crianças durante passeio
Registros mostram atuação das crianças durante passeio -

Dhiego Tchmolo

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Estudo sobre o tropeirismo e escravidão, além de vários contextos históricos e geográficos, ocorreram junto ao 4º ano da Escola Rural Santa Cruz

Os alunos do 4º ano da Escola Rural Municipal Santa Cruz, em Carambeí, da professora Fernanda Roberta Koczyla, visitaram a Fazenda Capão Alto, em Castro, como foram complementar de estudos sobre a escravidão e o tropeirismo na região dos Campos Gerais, dentro das disciplinas de Geografia e História. Segundo a docente, trabalhar aspectos históricos da localidade em que os alunos vivem é importante não apenas para o conhecimento, mas pelas pessoas e valores que são carregadas no dia a dia.

“O conteúdo sobre escravidão e tropeirismo é mais aprofundado no currículo do 4º ano, de acordo com o plano curricular do Paraná. É um tema bastante delicado de se trabalhar com os alunos, mas que não deve ser ensinado de forma leviana. Quando falamos de escravidão, os alunos não imaginam que isso aconteceu em nossa região, principalmente por ter existido tão perto de nós”, aponta a educadora.

O primeiro momento foi de abordar o tema em sala, usando textos complementares e o livro didático que englobam o surgimento até a luta por liberdade, com as leis que surgiram até finalizar a Lei Áurea. Também, a turma pôde entender quais consequências a estes povos até os dias sociais, com questões como desigualdade social, racismo e escravidão moderna. Na continuidade das discussões, englobou-se outro grupo da época: os tropeiros, que faziam longas viagens para transportar animais, além de auxiliarem no surgimento de cidade da região.

“Trabalhamos como era a vida desses tropeiros, bem como seus caminhos que ficaram conhecidos como a ‘rota dos tropeiros’, e quais foram as heranças desse tipo de comércio em relação à economia da época. Como forma de complementar, a professora explica como escolha a Fazenda Capão Alto para a realização da visitação com os alunos: a história dessa fazenda é rica de acontecimentos históricos, iniciando com a chegada dos tropeiros, que contribuíram com o nascimento de Castro com a escravidão presente nessas terras e a passagem dos tropeiros na mesma”, explica Fernanda.

A fazenda, conforme conta a professora, era propriedade padres carmelitas, que tinham escravos que viviam de forma ‘livre’. Após a venda das terras, os novos donos queriam levar as pessoas escravas para São Paulo, com a fuga de muitos deles. Assim, surgiram quilombos na região. Anos depois disso, a fazenda teve novo dono, que não mudou a configuração escravocrata e construiu um casão principal na propriedade, que é utilizada atualmente para exposição e visitação.

“O passeio teve como propósito de aprender um pouco mais como funcionava a dinâmica da fazenda na época da escravidão, como conhecer a senzala, casa do capataz, o tronco usado como forma de castigo e também o cemitério onde esses escravos foram enterrados. A vista também demonstrou a arquitetura utilizada na época e também a natureza em seu entorno, trazendo pelas paisagens o símbolo do Paraná: a araucária”, complementa a docente.

Por fim, a educadora cita que a atividade distraiu, mas também trouxe conhecimento de forma dinâmica a partir da apreciação do local e entendimento do sentimento das pessoas na época, o que fez com que os alunos tenham aprendizagem e lembrança para suas vidas. “Além do trabalho desenvolvido pela professora Fernanda, os alunos finalizaram essa temática com a professora da turma deles, Gislaine Duarte, com a produção de texto em forma de diário sobre o passeio realizado na Fazendo Capão Alto”, conclui Fernanda.

Acesse o blog escolar da Escola Rural Santa Cruz clicando aqui.

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