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Wosgrau e Aliel Machado no mesmo palanque em 2016?

Eloir Rodrigues

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Alguém imagina que o ex-prefeito Pedro Wosgrau Filho (PSDB) e o deputado federal Aliel Machado (Rede) podem estar no mesmo palanque em 2016? Se não imagina, talvez seja bom começar a imaginar. Os dois tiveram um encontro no último final semana, em Ponta Grossa, e conversaram por mais de três horas. Da conversa, ao que se sabe, não saiu nenhum definição concreta acerca de possíveis alianças visando a sucessão do Palácio da Ronda. Nenhuma definição, porém, muitas elucubrações e projeções de cenários de agrupamento das forças políticas e partidárias da cidade.

Wosgrau é direta. Sempre foi. É uma das principais e mais expressivas lideranças tucanas de Ponta Grossa. Amigo pessoal do governador e companheiro de partido, Beto Richa. Parceiro político de longa data do deputado estadual Plauto Miró Guimarães, líder do DEM. Já Aliel, em princípio, a antítese de Wosgrau. Esquerdista. Recém-saído do Partido Comunista do Brasil. Com muitos padrinhos ligados ao Partido dos Trabalhadores. E isso não é segredo para ninguém...

Por que ambos se sentariam à mesma para discutir eleições? Esse é um fato importante e, certamente, instigador de muitas reflexões. Sobretudo porque coincide com o anúncio do único vereador do PSDB em Ponta Grossa, Daniel Milla, de rompimento político com o prefeito Marcelo Rangel (PPS). Na última segunda-feira, Milla subiu à tribuna da Câmara e foi categórico ao dizer que, como único tucano com mandato político na cidade, fará o que estiver ao seu alcance para que o PSDB não apoie a reeleição de Rangel.

Milla x Rangel
O vereador defende a tese de candidatura própria do PSDB ao Palácio da Ronda. Chegou inclusive a colocar o seu nome à disposição do partido para a disputa do cargo de prefeito. Milla e Rangel não conversam pessoalmente há meses. E os estremecimento da relação entre ambos teve o seu ápice há cerca de um mês quando o prefeito determinou a exoneração de quatro ocupantes de cargos comissionados no governo. Todos eram indicados de Milla, que ficou sabendo da exoneração apenas pelo Diário Oficial.

Sentindo-se desprestigiado, o vereador deixou a bancada governista na Câmara para assumir uma postura independente. O seu posicionamento, neste momento, não converge com a postura de Beto Richa, que ainda é um aliado de Rangel. Mas, para muitos, Milla estaria apenas antecipando-se a uma situação que pode vir a se configurar de maneira mais ampla durante as eleições municipais. Há quem aposte num acerto político de Rangel com o grupo de Ratinho Junior, do PSC, para a disputa da reeleição, com a restrição de espaço para outros partidos, e rompimento com PSDB e DEM.

Neste caso, tucanos e democratas ficariam livres para seguir dois possíveis caminhos: 1) apoiar a candidatura de Aliel Machado (Rede) ou Márcio Pauliki (PDT) à Prefeitura; ou 2) lançar candidato próprio ao Palácio da Ronda. Será que essas conjecturas tem a ver com a conversa de Wosgrau com Aliel no final de semana e com o lançamento da pré-candidatura de Milla a prefeito na segunda-feira passada?

Abafadonas...

***Pelo jeito o bicho vai pegar na disputa pela presidência da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de Ponta Grossa. O racha entre o atual vice-presidente, Carlos Gustavo Horst, que anunciou candidatura à presidência pela chapa OAB Democrática; e o atual presidente, Edmilson Schiebelbein, que deixa a ‘OAB Democrática’ para se apresentar pela chapa “OAB Unida”, promete dar o que falar. Antes amigos, agora concorrentes... O fato pegou de surpresa muita gente, que não imagina que as divergências internas na diretoria da entidade tinham chegado a este nível. Outro fato a ser registrado é que a tradicional chapa XI de Agosto ficou de fora da disputa... Vamos acompanhar as cenas dos próximos capítulos!

***E o tal “Esqueleto” finalmente está atrás das grades. Para quem não se recorda, “Esqueleto” é a alcunha que foi dada ao ex-servidor municipal Rodrigo Pires, 35 anos, acusado de ter desviado cerca de R$ 2,5 milhões dos cofres da Câmara de Ponta Grossa, no período entre foi assessor de contabilidade, entre 2004 e janeiro de 2009. Ele estava foragido e pois preso ontem em um apartamento localizado na Rua 272, na Meia Praia, em Itapema, Santa Catarina. Desfecho de uma novela antiga da política local.

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