Maltaria fatura quase R$ 900 mi em seu primeiro ano de operações
Unidade fabril produziu 197,9 mil toneladas de malte em 2024, valor que corresponde a quase 80% de sua capacidade operacional total
Publicado: 17/03/2025, 22:08

A Maltaria Campos Gerais foi oficialmente inaugurada em junho de 2024, em Ponta Grossa, mas fechou o ano com um volume de produção que quase alcançou 80% de sua capacidade máxima, e a um faturamento anual muito próximo ao que as cooperativas planejavam. De acordo com as informações reveladas pela Cooperativa Agrária, uma das investidoras no projeto, a unidade fabril registrou um faturamento de R$ 897,5 milhões, resultante da produção de 197,9 mil toneladas de malte ‘Pilsen’ no decorrer do ano.
Resultante de um investimento de R$ 1,6 bilhão, a Maltaria tem capacidade produtiva de 240 mil toneladas por ano, com uma projeção de faturamento anual na casa de R$ 1 bilhão. Isso significa que em seu primeiro ano de atividades, o faturamento da Maltaria já representou quase 90% do estimado, mostrando o alto volume beneficiado de cevada. Embora tenha sido inaugurada em junho, a empresa já está em operação desde o primeiro trimestre do ano passado.
Quando houve o anúncio, a Maltaria confirmou que esse valor de 240 mil toneladas corresponderia a cerca de 15% da produção total de cevada em todo o Brasil, se tornando a maior maltaria da América Latina. Com ela, a capacidade de produção de malte do Paraná foi elevada de 360 mil toneladas para 600 mil toneladas, o que equivale a um incremento de 66,6%.
Somente essa unidade gerou cerca de 150 vagas de emprego diretas, valor que é multiplicado e potencializado se levar em conta os cerca de 3 mil indiretos estimados em toda a região. Para que a Maltaria alcance esse volume de produção anual, ela precisa de aproximadamente 300 mil toneladas de malte por ano – valor que é absorvido não apenas dos Campos Gerais, do Paraná e de outros estados, mas também de outros países: em 2024, a cevada foi o quinto produto mais importado pelo município, com R$ 231,4 milhões adquiridos de outros países.
A unidade foi construída às margens da PR-151, ao lado da Unidade de Beneficiamento de Leite da Unium, a partir da união de seis cooperativas: a Agrária, de Guarapuava, que ‘encabeça’ o investimento; a Frísia, de Carambeí; a Castrolanda, de Castro; a Capal, de Arapoti; a Bom Jesus, da Lapa, e a Coopagrícola, de Ponta Grossa.
INVESTIMENTO - Cabe destacar que esse é o investimento inicial da Maltaria. Seu projeto original contempla a ‘fase 2’, que demandará de um aporte semelhante ao primeiro. Com isso, a planta receberá um investimento final de aproximadamente R$ 3 bilhões. A previsão é de que a 'fase 2' do projeto seja executado a partir de 2028, com a projeção de que já esteja em operação até 2032.