EXCLUSIVO: Rangel diz que “não se recorda” se recebeu o estudo quando era prefeito | aRede
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EXCLUSIVO: Rangel diz que “não se recorda” se recebeu o estudo quando era prefeito

Prefeito de Ponta Grossa em 2014, Marcelo Rangel afirma que questões técnicas eram acompanhadas por especialistas

Marcelo Rangel reforça que antes de 2014 o aeroporto não operava voos comerciais
Marcelo Rangel reforça que antes de 2014 o aeroporto não operava voos comerciais -

Matheus Gaston

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Após ter acesso a um estudo de viabilidade técnica (EVT) realizado em 2014, que apontava quatro cenários para ampliação da pista do Aeroporto Sant’Ana, em Ponta Grossa, a reportagem do Portal aRede e do Jornal da Manhã procurou o então prefeito à época, Marcelo Rangel, para esclarecer se o Executivo Municipal teve contato com os resultados apontados pelo documento.

Com investimento de pouco mais de R$ 30 milhões da Secretaria de Aviação Civil (SAC), o EVT foi realizado em 59 aeroportos integrantes do “Programa de Investimento em Logística: Aeroportos”, do Governo Federal. O serviço foi executado pelo consórcio IQS Engenharia e PJJ Malucelli Arquitetura.

Ao ser questionado se a Prefeitura de Ponta Grossa teve acesso às indicações feitas pelo estudo durante sua gestão, Rangel afirmou que não se recorda, já que questões técnicas eram acompanhadas por especialistas. Em seguida, o ex-prefeito reforçou que todo estudo é público e fica disponível nos arquivos do Município.

Rangel ainda reforçou que, em 2014, o Aeroporto Sant’Ana não operava voos comerciais e que contratou uma empresa especializada para avaliar a viabilidade econômica e técnica para início desse tipo de atividade. “Solicitamos especificações técnicas baseadas nas atividades locais, regionais e sobre a viabilidade de voos”, destaca, ao afirmar que estudos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) são levantamentos de caráter técnico geral.

Segundo o ex-prefeito, naquela época, a existência da sede da Associação dos Servidores Públicos Municipais próximo à cabeceira da pista era considerada um obstáculo. “Era necessário retirar a Associação dali e foi o que nós fizemos. Apontamentos feitos pela própria Prefeitura indicavam a necessidade de investimentos, mas primeiro tínhamos que tornar o aeroporto viável com voos comerciais”, explica.

A operação comercial teve início em outubro de 2016 com aviões ATR-72, modelo compatível com pista na época, segundo Rangel. “Essa aeronave supria a necessidade de ligação de Ponta Grossa com São Paulo, Porto Alegre e Foz do Iguaçu, que eram três linhas que um estudo indicou como viáveis economicamente”, aponta.

Rangel destaca que o aumento da pista era uma preocupação do Município desde o início da operação comercial e que uma expansão chegou a ser feita dentro da capacidade máxima do aeroporto. O ex-prefeito afirma ainda que esteve em Brasília diversas vezes e que recursos foram conquistados junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para intervenções na taxiway e na sede do Aeroporto Sant’Ana.

“Para fazer mais investimentos, era necessário constituir o aeroporto. Não adiantava ter mais voos com aeronaves maiores se não tivéssemos estrutura e conforto para os passageiros. Em um primeiro momento, o investimento primordial era na sede e em equipamentos de aproximação e fiscalização de aviões, para viabilizar voos com ATR”, ressalta.

O ex-prefeito afirma que sua gestão buscou todos os estudos para a viabilidade do Aeroporto Sant’Ana. “Quando recebemos os estudos, colocamos em prática. Fizemos uma nova sede, a nova pista, balizamento todo novo, além da aquisição de equipamentos”, pontua.

A reportagem ainda perguntou a Rangel se os estudos acompanhados por sua gestão foram mencionados na reunião realizada na última quinta-feira (06), em Curitiba, que discutiu estratégias para manter a operação da Azul Linhas Aéreas em Ponta Grossa.

O ex-prefeito disse que a apresentação de estudos técnicos é uma responsabilidade da atual gestão. “Os estudos de tudo que acontece no aeroporto pertencem à Prefeitura, não ao deputado Marcelo Rangel. Isso é uma obrigação do Município, que precisa trabalhar com planejamento e acompanhamento”, finaliza.

SAC - O Portal aRede e o Jornal da Manhã também entraram em contato com o Ministério de Portos e Aeroportos para saber se a Secretaria de Aviação Civil (SAC) teve acesso aos resultados do estudo técnico e se esses documentos foram encaminhados à Prefeitura de Ponta Grossa.

A reportagem também questionou se a SAC acompanha possíveis medidas adotadas a partir dos apontamentos do EVT. No entanto, até o fechamento do texto, não houve resposta.

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