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Milla destaca experiência no Legislativo e ‘boom’ industrial de PG

Em seu terceiro mandato como vereador, Daniel Milla também falou sobre a experiência como prefeito em exercício e a importância da liberdade econômica

Mesmo como vice-presidente da Câmara, Milla (foto) presidiu parte das sessões no último mês
Mesmo como vice-presidente da Câmara, Milla (foto) presidiu parte das sessões no último mês -

Sebastião Neto

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O Portal aRede e o Jornal da Manhã iniciam uma série de entrevistas com nomes que são ventilados nos bastidores da política local para a disputa da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa nas eleições de 2024. O primeiro convidado é o vereador Daniel Milla (PSD), que atualmente é o vice-presidente da Câmara Municipal e, no ano passado, chegou a assumir interinamente o cargo de prefeito durante o afastamento da prefeita Elizabeth Schmidt e do vice Capitão Saulo. Confira como foi a conversa com o parlamentar nos estúdios do Grupo aRede nesta sexta-feira (8), onde ele falou sobre o momento atual de Ponta Grossa e reforçou sua experiência a frente do Poder Legislativo nos últimos dois mandatos.

Portal aRede: Uma pergunta que vamos fazer para todos os candidatos é como o senhor vê o seu nome colocado como um potencial candidato às eleições majoritárias, como é ser lembrado para um cargo tão importante?

Daniel Milla: Bom, primeiramente eu fico muito feliz de ter recebido o convite aqui do Grupo aRede para participar desta série de entrevistas. É bom lembrar que eu já assumi a Prefeitura por alguns dias, quando houve o afastamento da prefeita Elizabeth, e pude perceber como funciona a administração municipal; além disso, atuo como vereador por três mandatos consecutivos, sendo duas vezes presidente da Câmara - que é o gestor por onde passam todos os projetos do Executivo Municipal. A experiência que nós temos para debater o futuro de Ponta Grossa é muito grande.

Portal aRede: Antes de falar de futuro, vamos falar sobre presente: como senhor vê o momento atual de Ponta Grossa?

Milla: Não só a cidade de Ponta Grossa, como todos os pequenos e grandes municípios, vivem um momento de retomada após uma pandemia que prejudicou grande parte da nossa sociedade. Muitas pessoas perderam seus familiares, seus entes próximos, empresas fecharam e nós tivemos dificuldades financeiras; os gestores que assumiram pós-pandemia tiveram uma dificuldade muito grande em ajustar os municípios tanto na questão fiscal como também na geração de emprego. Ponta Grossa se dedicou muito, vem se dedicando muito e priorizando muito a questão da geração do emprego, isso porque através da geração do emprego você traz indústrias e faz rendimentos. O município de Ponta Grossa vive de impostos, como qualquer outra prefeitura, mas você não pode ficar aumentando os impostos; então é mais fácil e melhor para nossa população trazer essas indústrias e gerar os empregos, consequentemente nós estaremos fazendo com que esse mecanismo gere riquezas para a cidade.

Portal aRede: Vereador, o que na sua visão é prioritário, ou deveria ser prioritário para o Poder Executivo em Ponta Grossa, seja pensando no momento atual ou em uma eventual nova gestão?

Milla: Todas as pastas são importantes dentro do município, porque uma está relacionada à outra. Se você for falar sobre a saúde, que vai ser um tema muito debatido nas próximas eleições, existe a questão das Unidades Básicas, as cirurgias eletivas, a alta complexidade, o funcionamento dos hospitais, tudo é extrema relevância porque hoje é o que a população mais tem dificuldade em todos os municípios. Nós tentamos estudar a nossa realidade local, ver quais são as dificuldades que enfrentamos e ver o que fazem os municípios que obtêm êxito na área da saúde para tentar implementar também em Ponta Grossa. Mas, como eu disse, as pastas são relacionadas: o esporte por exemplo, uma secretaria de esporte ativa como está ocorrendo nesse momento, ajuda na incidência de pessoas procurando as unidades de saúde básicas, ou seja, é algo preventivo.

Em outra ponta, se você tem pessoas capacitando os nossos jovens para procurar emprego, estudar e ter uma vocação profissional, você vai tirar essas pessoas da rua, das drogas, do vício, e por consequência você diminui também aquele desejo de ter aquela segurança diretamente na sua porta. Como eu disse, as pastas são relacionadas e nós temos que cuidar com muita delicadeza de cada setor para que não falte nada no futuro.

Portal aRede: Muito se fala do futuro, principalmente por estarmos celebrando os 200 anos de Ponta Grossa neste mês. Milla, o que dá para esperar no futuro do Ponta Grossa na sua visão?

Milla: Nós esperamos que a administração municipal possa trabalhar em conjunto com os setores produtivos. Quanto mais o município de Ponta Grossa der a liberdade econômica para que as pessoas possam investir e trabalhar, mais rentabilidade e mais sustentabilidade teremos no município de Ponta Grossa. Todos perceberam que a cidade cresceu, houve um ‘boom’ industrial e comercial, e nós estamos vendo isso porque nós abrimos as portas da cidade de Ponta Grossa. Aquele sistema de coronelismo que existia há muito tempo atrás não existe mais, a cidade é do povo.

Sendo assim, eu espero que seja uma cidade ainda mais competitiva e que tenha menos o dedo do poder público interferindo nesses setores. Quando nós fazemos isso, nós temos uma população muito mais forte, muito mais saudável, correndo atrás das suas oportunidades. É claro, o poder público está para auxiliar as pessoas que estão no estado de vulnerabilidade, que isso é muito importante.

Portal aRede: O senhor está no PSD, partido que tem lideranças importantes aqui em Ponta Grossa: a prefeita Elizabeth, assim como ex-prefeito Marcelo Rangel, o secretário Sandro Alex e outras lideranças importantes da Câmara Municipal, também são do PSD. Como ajustar todos os interesses para que o partido tome uma decisão que seja boa não só para os seus filiados, mas também obviamente para a cidade de Ponta Grossa. Como estão as conversas nesse sentido?

Milla: Acredito que nós temos um grupo muito coeso, um grupo que já venceu eleições em três mandatos, sendo dois do prefeito Marcelo - o qual eu fui eleito vereador e presidente da Câmara, e depois veio a eleição da prefeita Elizabeth – em que também fui eleito e reeleito o presidente da Câmara. Nós temos uma harmonia muito boa dentro do partido, as discussões sempre vão existir, hoje a Elisabeth é a prefeita municipal e nós sempre estamos tratando isso com muita transparência. O objetivo do grupo é que a cidade de Ponta Grossa continue progredindo, continue crescendo, independente de quem for o cabeça de chapa. Na política, quando você participa das discussões, nós temos que ver não só a questão partidária, mas sim pensar no futuro da cidade e das pessoas, o qual colocamos sempre à disposição nossa vida pública e privada e para lutar pela população.

Portal aRede: Para finalizar, caso seja indicado ou acabe confirmado em uma disputa majoritária, o senhor se vê preparado para uma eleição como essa?

Eu sempre fui uma pessoa preparada. Em todos os momentos, desde a questão administrativa quanto pessoal e profissional, eu sempre tive um preparo porque eu me dedico muito às situações que eu me coloco à disposição. Particularmente não aceito pessoas que se lançam ou entram em algo só por entrar. A partir do momento que você se coloca à disposição a você tem que estar preparado para enfrentar todos os momentos possíveis. Eu venho de um bom tempo preparado para qualquer debate, qualquer situação que venha auxiliar a cidade de Ponta Grossa.

Em três mandatos, Milla consolidou presença na Câmara

Formado em Direito e pós-graduado em Direito e Processo Administrativo pela UEPG, Daniel Milla Fracaro iniciou sua trajetória no Legislativo em 2012 e, a partir de então, ganhou espaço como uma das principais lideranças da Câmara. Foi presidência da Casa de Leis entre 2019 e 2022 e, para este ano, foi eleito vice-presidente; além da presença na mesa diretoria, Milla está a frente de discussões importantes no âmbito empresarial, entre elas a busca por alterações no Plano Diretor do Município; isso porque, de acordo com setores como a construção civil, o documento publicado no início deste ano dificulta o crescimento imobiliário da cidade.

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