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Defesa reforça pedido de desinternação de jovem em caso de terapeuta

Audiência de instrução aconteceu na última terça-feira (27), no Fórum de Ponta Grossa; jovem foi internado provisoriamente no Cense

Audiência ocorreu na Vara da Infância e da Juventude - Seção Infracional
Audiência ocorreu na Vara da Infância e da Juventude - Seção Infracional -

Rodolpho Bowens

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O advogado de defesa do menor que confessou ter assassinado o terapeuta Luiz Carlos Vantroba (39), Carlos Lopatiuk, voltou a solicitar a desinternação do jovem durante a audiência de instrução realizada na última terça-feira (27) – ele está internado provisoriamente no Centro de Socioeducação Regional de Ponta Grossa (Cense). A audiência foi realizada no Fórum de Ponta Grossa, na Vara da Infância e da Juventude – Seção Infracional. A defesa reforça que o menor, de 16 anos, sofra de depressão e que teria agido em legítima defesa.

Luiz Vantroba foi vitimado em 23 de novembro, dentro da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, após ser atingido por golpes de faca – relembre o caso noticiado pelo Portal aRede clicando aqui. Após ser ouvido pelo delegado Paulo Cesar Eugenio Ribeiro, as investigações do caso são conduzidas pela Polícia Civil de Ponta Grossa, através do ‘Setor de Homicídios’, de responsabilidade do delegado Fernando Maurício Jasinski.

Após a audiência de instrução, Carlos falou com o Portal aRede e disse que o menor não tem antecedentes, “é de boa índole, boa família e agiu em legítima defesa devido a assédio sexual e à agressão”. Além disso, reforçou que o jovem “é réu primário, possui endereço fixo e não representa risco de fuga”, avaliou. Por fim, o advogado comentou que o adolescente tem “problemas de depressão e de saúde mental graves”.

Liberação e habeas corpus

A nova audiência, realizada no Fórum de Ponta Grossa, foi utilizada para que a defesa do menor pedisse a sua liberação imediata, baseada no artigo 147 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que está inserido no ‘Capítulo II – Da Justiça da Infância e da Juventude’. Além disso, a remissão ou a suspensão do processo, com base no artigo 188 do ECA, inserido no ‘Capítulo III – Dos Procedimentos’, ‘Seção V – Da apuração de Ato Infracional Atribuído a Adolescente’.

Por fim, Carlos Lopatiuk lembra que um habeas corpus foi solicitado ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ/PR). “Compreendemos a gravidade do ato infracional, mas a regra é a liberdade. A prisão é exceção. A culpa do réu não se presume antes da condenação definitiva. A custódia, antes da sentença final, só se justifica em hipóteses extremas", disse à equipe de jornalismo do Portal aRede.

Terapeuta estudou em Santa Catarina

Além de Ponta Grossa, Luiz Carlos Vantroba também era conhecido em Brusque (SC). Durante um período, ele morou na cidade catarinense para estudar em um seminário. Quando faleceu, membros da Paróquia Santa Catarina de Dom Joaquina, da Capela Nossa Senhora da Saúde e do Núcleo de Campistas da Paróquia São Judas Tadeu lamentaram o ocorrido.

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