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Ex-Jornalista do JM assume a presidência da Abraji em agosto

Kátia Brembatti tem 21 anos de experiência no jornalismo e é uma das profissionais mais premiadas da área

Kátia Brembatti em visita à redação do Jornal da Manhã.
Kátia Brembatti em visita à redação do Jornal da Manhã. -

Kátia Brembatti tem 21 anos de experiência no jornalismo e é uma das profissionais mais premiadas da área

A jornalista Kátia Brembatti assumirá, a partir de agosto, a presidência da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Atual vice-presidente na gestão 2022-2023, ela assumirá a função no lugar de Natália Mazotte, que deixa o cargo em razão de um convite profissional. Kátia esteve em Ponta Grossa nesta semana para lecionar um curso de Jornalismo de Dados e visitar familiares. A profissional aproveitou para visitar a redação do Jornal da Manhã.

Formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Kátia ganhou notoriedade após a série de reportagens ‘Diários Secretos’, da Gazeta do Povo e Rede Paranaense de Comunicação (RPC), que desvendou o esquema de desvio de dinheiro dos cofres da Assembleia Legislativa do Paraná, em 2010, na contratação de centenas de funcionários fantasmas.

“Morei em Ponta Grossa de 1989 a 2011. Cheguei com 10 anos, fiz o Ensino Médio no Colégio Borell, em Uvaranas. Me formei na UEPG, comecei trabalhando no Jornal da Manhã em 2000. Foi meu primeiro emprego como jornalista registrada. Fui embora para Curitiba em 2011, mas boa parte dos meus parentes ainda estão aqui em Ponta Grossa. Então, sempre venho para cá”, conta.

Juntamente com três colegas, Kátia recebeu o Prêmio Esso, Tim Lopes, o Prêmio Latinoamericano de Jornalismo Investigativo (Ipys) de melhor reportagem da América Latina e o Global Shining Light Award, de melhor reportagem em país em desenvolvimento, concedido pela Rede Global de Jornalismo Investigativo. Atualmente, trabalha como editora do Estadão e leciona a disciplina de Jornalismo de Dados na Universidade Positivo.

“Não existia o Diário Oficial para ser consultado em nenhum lugar. Com fontes, conseguimos reunir todos os diários e digitamos 10.000 documentos. Montamos uma planilha com 15.000 linhas e fomos atrás dos nomes daquelas pessoas para ver se trabalhavam na Assembleia mesmo ou não e descobrimos dezenas de funcionários fantasmas. Hoje, há uma estimativa de que essa descoberta fez os cofres públicos economizarem R$ 2 bilhões nos últimos 10 anos, porque o gasto com funcionários fantasmas era muito grande”, explica.

Na época, a Assembleia Legislativa do Paraná tinha 2.500 funcionários. Depois da publicação da série, esse número diminuiu para 1.700. As reportagens geraram dezenas de ações na justiça e mais de 640 anos de condenação criminal. O trabalho é considerado um divisor de águas na questão da fiscalização do Poder Público.

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