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Milla avalia ano da Câmara e prevê 2022 melhor para PG

Parlamentar destaca trabalhos desenvolvidos, cita parceria com o Poder Executivo e fala sobre projetos tidos como ‘polêmicos’ pela população.

Vereador e presidente da Câmara Municipal da cidade, Daniel Milla Fraccaro (PSD).
Vereador e presidente da Câmara Municipal da cidade, Daniel Milla Fraccaro (PSD). -

Rodolpho Bowens

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Parlamentar destaca trabalhos desenvolvidos, cita parceria com o Poder Executivo e fala sobre projetos tidos como ‘polêmicos’ pela população

Após uma reformulação ‘promovida’ pelas últimas eleições, a Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG), neste ano de 2021, analisou 768 propostas (projetos de lei ordinária, projetos de emenda à Lei Orgânica do Município e projetos de decreto). Sobre esses trabalhos desempenhados pelos 19 vereadores, o presidente do Poder Legislativo, Daniel Milla Fraccaro (PSD), conversou com o Portal aRede e fez uma avaliação positiva da Casa de Leis. Além disso, explicou a relação com o Poder Executivo, projetos polêmicos e fez projeções para o Município de Ponta Grossa em 2022.

No início do bate-papo, ‘Milla’, como é comumente chamado, foi questionado para avaliar os trabalhos da CMPG em 2021. Segundo ele, foi um ano difícil, mas que propostas foram aprovadas e essas beneficiaram os cidadãos ponta-grossenses. “Foi um ano onde tivemos uma Câmara Legislativa renovada, com vários vereadores de primeiro mandato. Mas, com tudo isso, conseguimos analisar vários projetos polêmicos e colocar em pauta para a discussão. Alguns aprovados, outros rejeitados, mas, no final, analisamos positivamente todo esse trabalho”, explica o parlamentar.

Para tentar amenizar os impactos da pandemia da covid-19, a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG) apresentou o PL nº 047/2021, que criou o ‘Programa Retoma PG’ – mais informações acesse aqui. Sobre a participação da Câmara nesse processo, ‘Milla’ acredita que foi importante a mobilização dos vereadores para aprovarem a proposta. “Foi amplamente debatido e discutido. Está em funcionamento. São projetos que vieram para reestabelecer e ajudar aquelas pessoas em estado de vulnerabilidade. Foi muito importante para a cidade de Ponta Grossa”, avalia o presidente da Casa de Leis.

Projetos ‘polêmicos’

Além da proposta acima, o Legislativo precisou analisar projetos ditos como ‘polêmicos’ pela população: kit-covid; indenização para a Viação Campos Gerais (VCG); fim da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT); aumento na Planta Genérica de Valores (PGV) do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), por exemplo. No caso da VCG e da AMTT, ‘Milla’ explica que são questões administrativas que o Poder Público precisa realizar, “para que a população não sofra impacto”. Ele ainda completa: “O vereador que quiser administrar o Executivo, ele tem que ser candidato à Prefeitura e ganhar as eleições. Vejo projetos e discussões importantes”.

Por outro lado, na questão que envolve o IPTU da cidade, o parlamentar criticou a imprensa que “lançou errado para a população essa situação” e a “politicagem” que envolveu o projeto de lei do Poder Executivo. “É uma diferença muito grande entre o aumento do IPTU e a reavaliação da PGV. Era um projeto que estava aumentando o valor venal dos terrenos dos grandes latifundiários e o povo pobre não ia ter aumento. Foi feito um desserviço pela imprensa e pela oposição. Mas, infelizmente, estamos no mundo político e isso é o que acontece”, comenta.

Sobre a proposta acima, a Prefeitura Municipal pretendia, a partir de 2022, aumentar a arrecadação do imposto em 50% com a correção da PGV – aproximadamente R$ 71 milhões. Com isso, a receita total seria de R$ 138 milhões – mais informações no texto da assessoria de imprensa do Poder Executivo clicando aqui. O PL foi rejeitado pela Casa de Leis, em segunda discussão, após pressão popular, com nove votos favoráveis e nove contrários ao texto.

Parceria com a Prefeitura

No decorrer deste ano, alguns parlamentares da oposição criticaram a Prefeitura por não ter um espaço de diálogo com a Câmara. Sobre esse assunto, ‘Milla’ enfatiza que “o Poder Executivo sempre manteve um bom relacionamento” com o Poder Legislativo e afirma que é preciso deixar a “politicagem” de lado para atender os interesses da cidade de Ponta Grossa. “No meu ponto de vista, vereador que não quer conversar, é que não vai até o Executivo para dialogar, porque sempre teve diálogo diante de todos os projetos. Isso estou falando como parlamentar, nem como presidente da Câmara”, pondera.

Além disso, ‘Milla’ afirma que a prefeita Elizabeth Silveira Schmidt (PSD), “por se tratar de mulher, ela já é mais amigável em relações administração e políticas. Então, ela mantém as portas de seu gabinete sempre abertas para escutar os vereadores, independente das questões que são colocadas. É claro que, no momento, tem que deixar de lado a politicagem”, completa o parlamentar, que cumpre seu terceiro mandato na Casa de Leis, sendo dois como presidente.

Avaliação e projeção para 2022

Ao final do bate-papo, o vereador fez, a pedido do Portal aRede, uma autoavaliação sobre seu trabalho como liderança do Poder Legislativo. De acordo com ele, a ideia é entregar as melhores condições para que os parlamentares possam desempenhar suas funções. “Fizemos algumas reestruturações na Câmara, dando mais alternativa e estrutura. Informatizamos e adquirimos mais computadores que estão sendo instalados”. Ele também afirma que a ideia é revitalizar o local, já que o mesmo teria situações “muito precárias” estruturalmente.

Por fim, ‘Milla’ espera que Ponta Grossa cresça em 2022 e que o próximo ano seja melhor que este. “Empresas continuem sendo atraídas ao Município, por meio do trabalho do Poder Executivo. Às vezes, o Legislativo acaba influenciando, e pode ter certeza que com a retomada das indústrias, empregos, a cidade cresce e se sustentará através da sua arrecadação. Aguardamos que 2022 seja um ano muito produtivo, gerando emprego para a população ponta-grossense”, encerra o atual presidente da Câmara Municipal Daniel Milla Fraccaro.

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