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Câmara de PG aprova projeto ‘Um Axé Para a Vida’

A matéria foi aprovada em segunda discussão, recebendo seis votos contrários

Texto é direcionado para homenagens para a cultura afro e para religiões de matriz africana
Texto é direcionado para homenagens para a cultura afro e para religiões de matriz africana -

Dhiego Tchmolo

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A matéria foi aprovada em segunda discussão, recebendo seis votos contrários

Durante a sessão ordinária desta segunda-feira (25), a Câmara Municipal de Ponta Grossa aprovou a lei no  297/2019, que institui a criação da semana “Um Axé Para a Vida”, fazendo com que, na segunda semana do mês de novembro, sejam feitas homenagens para a cultura afro e para religiões de matriz africana. O projeto foi criado pelo vereador Celso Cieslak (PRTB).

Segundo o vereador, a ideia é valorizar todo o patrimônio cultural da população negra. “Devemos apreciar as matrizes africanas aqui em Ponta Grossa. Várias cidades já possuem projetos nesse sentido (...) boa parte da nossa população do Brasil é negra, devemos dar o devido valor”, diz.

Votos contrários

Os vereadores contrários ao projeto foram Jorge da Farmácia, Valtão, Pastor Ezequiel, Felipe Passos, Ricardo Zampieri e Vinicius Camargo. Eduardo Kalinoski se absteve de votar.

Cieslak acredita que o projeto pode ter sido mal interpretado. “Acredito que alguns confundiram (...) creio que nenhum vereador votaria contra a raça negra”, enfatiza o parlamentar.

Diversidade

De acordo com André Luiz Nunes, que é pastor evangélico, é fundamental valorizar todo tipo de cultura. Ele acredita que impor barreiras para a intolerância e para o preconceito é o meio mais eficaz para a aceitação da diversidade cultural. “Todas as culturas e religiões merecem ser respeitadas. A religião faz muito bem ao ser humano e todas elas são importantes para a nossa formação enquanto povo. Há um preconceito que precisa ser desfeito”, afirma André.

Para Silvana Batista, que é mãe de santo, a criação da semana comemorativa é um privilégio. Ela conta que praticantes de religiões de matriz africana sofrem muito preconceito.

“Somos muito discriminados (...) as pessoas, a partir do momento que sabem que você pertence ao axé, te tratam mal, tem medo. As pessoas precisam entender que que Deus é um só. Para nós, essa valorização é um mérito”, comemora.

Informações da assessoria de imprensa.

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