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UEPG inaugura Espaço do Estudante Indígena

Os 25 acadêmicos indígenas poderão estudar, fazer reunião e ter uma troca de experiências culturais

Os 25 acadêmicos indígenas poderão estudar, fazer reunião e ter uma troca de experiências culturais
Os 25 acadêmicos indígenas poderão estudar, fazer reunião e ter uma troca de experiências culturais -

Da Redação

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Os 25 acadêmicos indígenas poderão estudar, fazer reunião e ter uma troca de experiências culturais

Os estudantes indígenas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) têm a partir de hoje (14) um lugar de estudos e convivência no campus Uvaranas. No Espaço do Estudante Indígena, inaugurado ontem (13) pela Pró-reitoria de Assuntos Estudantis e Diretoria de Ações Afirmativas, 25 acadêmicos poderão estudar, acessar internet, fazer reuniões e trocar experiências culturais. 

O estudante de agronomia, Joel Anastácio, afirma que a demanda por um espaço é antiga. “A gente sempre sentia a necessidade dos indígenas terem um lugar na universidade, então esta conquista é resultado de muita luta”, diz. Ele comenta que agora os estudantes terão um lugar apropriado para desenvolver trabalhos técnico-científicos, mas também atividades da própria cultura indígena. “Como temos várias etnias, o espaço contribui para troca de conhecimento, o que fortalece nossa união e a nossa luta pela causa indígena”, complementa.

O espaço, que já abrigou uma cantina, foi revitalizado, recebeu pintura, móveis e computadores. O reitor disse que a casa, organizada e pronta para funcionamento, é uma realização extremamente importante para a gestão porque dá voz às minorias. “Hoje, os estudantes têm voz e um endereço dentro da Universidade”. O reitor enfatizou que o período de permanência do estudante deve ser o mais digno possível dentro da instituição. “Este espaço é uma forma de respeitar a diversidade. A cultura indígena tem outra lógica de funcionamento e este ato é simbólico porque demonstra um desejo de respeitá-la”.

A Pró-reitora de Assuntos Estudantis, Ione Jovino, destacou que a UEPG desenvolve estratégias de visibilidade da cultura e da língua indígenas. “No início do ano, incluímos textos em kaygangue e guarani do Manual do Calouro e também na divulgação do Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná”, diz Jovino. Além disso, a UEPG produz um material institucional com locução e legendas nas línguas indígenas, gravados pelos próprios alunos da instituição.

O reitor destacou também a criação da nova escola de línguas da UEPG, que será inaugurada em breve ao lado da agência da Caixa Econômica no centro de Ponta Grossa. “Teremos inglês, francês, italiano, mas também kaygangue e guarani. Temos que oportunizar que pessoas da região e estrangeiros possam conhecer a nossa cultura”, enfatiza.

Permanência

Para Letícia Fraga, que representa a UEPG na Comissão Universidade para o Índio (Cuia), a permanência precisa ser pensada junto com o ingresso do aluno. “O número de formados é pequeno em relação aos ingressantes. Esta casa contribui para que este índice aumente e para que os alunos concluam seus estudos, tenham uma realização profissional e contribuam para as suas comunidades”. Fraga enfatiza que o estudante indígena tem muito potencial e a instituição precisa abrir oportunidades. “A universidade tem muito a ganhar com isso e deve estar aberta a aprender o que estes alunos têm a nos ensinar”.  

A integrante da Cuia Estadual Ivana Freitas Barbosa afirma que a iniciativa cria um espaço de resistência e inclusão para as minorias e, sobretudo, para os estudantes indígenas. “O vestibular indígena do estado do Paraná é modelo para o Brasil e para o exterior, porém, além do ingresso, é preciso ter uma política de permanência, por isso é com muita satisfação que vejo a UEPG criando este espaço de socialização”, complementa Ivana.

Acompanhamento

Durante a abertura do evento, Silmara Carneiro e Silva, Diretora de Ações Afirmativas da Prae, apresentou um resumo das ações desenvolvidas pela diretoria, entre elas a matrícula especial dos estudantes indígenas realizada no início do ano letivo e Ciclo de Apoio Acadêmico ao Estudante Indígena. “Tivemos em 2019 a primeira acolhida ao estudante indígena na qual adotamos as rodas de conversa como metodologia por ser uma abordagem horizontal mais aberta”, diz.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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