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‘Paixão de Cristo’ atrai quatro mil fieis na Vila Cipa

<span style="font-family: inherit;">Espetáculo é totalmente produzido pela comunidade</span>

Encenação é apresentada há mais de 40 anos em Ponta Grossa.
Encenação é apresentada há mais de 40 anos em Ponta Grossa. -

Espetáculo é totalmente produzido pela comunidade

Mais de quatro mil pessoas acompanharam este ano a encenação da Paixão e Morte de Jesus, pelas ruas da Vila Cipa, em Ponta Grossa. Teatro vivo, a apresentação é a uma volta no tempo que, ao rememorar a via crúcis de Cristo, do seu calvário até a crucificação, faz muitos fieis se emocionarem. O espetáculo é montado pelo grupo de teatro da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, que reúne mais de 100 pessoas. Este ano, foram cinco palcos, em uma produção totalmente elaborada pela comunidade, com o apoio da Polícia Militar e Prefeitura. O bispo dom Sergio Arthur Braschi assistiu a encenação pelo quarto ano seguido.

A encenação começou a ser apresentada há mais de 40 anos. Parou cinco anos e voltou com força total há quatro anos, encabeçada pela juventude da paróquia. Renan Bianco, coordenador do grupo de jovens, se dizia muito feliz por ver o evento cada vez mais reconhecido. “Fico feliz pelas pessoas virem, não só pela apresentação, mas para, juntos, revivermos este momento importante, que é a morte de Jesus”, destacava, comemorando a presença do bispo dom Sergio. “Ele veio pelo quarto ano seguido. Sabe o nosso nome de cor e já disse que, ano que vem, é para chamá-lo que ele vem”, acrescentava.

De acordo com coordenadora da Conselho Pastoral Paroquial, Kelly Cuimachowick, o projeto ainda que idealizado pelos jovens, ao longo dos anos, ganhou o envolvimento de todos os movimentos e pastorais, “ que foram somando e agregando nesse importante meio de evangelização, forma de levar a palavra de Deus encenada e que chega a todos. Ano após ano, tem se aprimorado e contado com o apoio do bispo e de toda a paróquia, em reconhecimento ao trabalho da juventude. Kelly enalteceu o empenho da comunidade, que não só atua, mas produz e confecciona cenários, ensaia, divulga, monta as estruturas. Os ensaios se incrementaram a partir de janeiro, mas a captação de recursos iniciou já no final do ano passado. “Queríamos melhorar a iluminação e o som”, informou a coordenadora.

Padre José Amilton Gomes dos Santos, vigário paroquial, contou que acompanhou os jovens em alguns ensaios e viu uma grande integração da juventude. “É um momento de sentir e testemunhar a caminhada de Cristo nas últimas horas junto de nós. O empenho dos paroquianos supera as expectativas. Que Deus os abençoe, que continuem com essa euforia porque a Igreja precisa de sangue novo e vejo que esse sangue já chegou”, brincou. Para Vilmar Oliveira Lima, voluntário há mais de 30 anos no espetáculo, trata-se de um grande ato que colabora e muito para aprofundar toda a caminhada feita durante os quarenta dias da Quaresma. “É o resumo final de tudo aquilo que de fato aconteceu e, com certeza, ótima maneira de fazer que as pessoas parem para refletir”, ressaltou.

“Não há profissionais da área. O que se vê é uma dedicação enorme, uma vontade de fazer, de dar o melhor de si em todos os aspectos. Ninguém espera um espetáculo cheio de coisas mirabolantes, efeitos técnicos. O que há é a missão de cada um, de transmitir através do seu papel aquilo que ocorreu na época para fazer com que nós relembremos os fatos e, a partir daí, renovemos nosso amor por Jesus”, comentou. Lima lembrou que sua primeira função no espetáculo foi na iluminação. “Não havia iluminação pública na rua e poucos tinham carro. Eu iluminei com os faróis de neblina do meu carro a imagem de Jesus no momento da entrega. E um morador, ‘seo’ Muniz, me ajudou, com o caminhão dele, que tinha luz forte”. Depois, Vilmar Lima foi Barrabás e fez o comentário várias vezes.

A coordenadora da Catequese, Cleide Alves, citando que a preparação para a encenação começou ainda em dezembro, com reuniões e a divisão das equipes de figurino, cenário e palco, garantiu que a apresentação inova sempre mais a cada ano. “E, o mais importante, as crianças estão aderindo ao projeto de evangelização. Elas vem atrás querendo participar. Temos que incentivar as crianças para que isso tenha continuidade”, frisou.

Informações Diocese de Ponta Grossa

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