Leovanir Martins rebate críticas de procurador

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (SindServ), Leovanir Martins, foi procurado pela reportagem do Jornal da Manhã e do portal aRede para comentar as afirmações de Marcus Freitas, procurador geral da Prefeitura de PG.Durante uma sabatina, Freitas afirmou que o sindicato teria “atrapalhado” o acordo que viabilizou um cronograma para o pagamento da dívida histórica do município em precatórios.

Questionado sobre a afirmação, Leovanir rebateu. “Foi o Sindicato que denunciou em junho do ano passado que o município não cumpria a legislação quanto ao pagamento de precatórios e com isso sofria o risco de bloqueio. Se o Governo tivesse ouvido o Sindicato no momento certo não teria corrido esse risco de ter bloqueio nas contas públicas”, rebateu o presidente do SindServ.

Na visão de Martins, a situação “forçou” o Governo a procurar a solução pactuada nesta semana. “Quando a Prefeitura deixou de pagar os precatórios o Sindicato cumpriu seu papel constitucional, informando o [Poder] Judiciário de que o município não pagava o que devia e enviava investimentos para áreas que não eram tidas como essenciais na nossa visão”, destacou Leovanir.

A tensão entre Sindicato e Executivo cresceu substancialmente nos últimos anos e teve um novo capítulo este mês, com a greve dos servidores municipais que durou dois dias. A tensão entre Sindicato e Executivo teve como ponto auge a renegociação da dívida do município da cota patronal do FGTS e da aprovação de uma lei conhecida como ‘transparência sindical’, mas que acabou suspensa por decisão liminar da Justiça.

Positivo para o servidor

Ao comentar o que representaria o acordo para os servidores que possuem precatórios, Leovanir Martins afirmou que a ação foi “positiva”. “Temos uma fila de 1,5 mil processos, mais de duas mil pessoas esperando para receber. Aumentar o valor do depósito de R$ 900 mil para R$ 1,3 milhão é positivo para quem espera para receber”, disse Martins.