CMT considera redução na tarifa inviável
Para Elmiro Bobek, mesmo com redução no diesel, revisão de planilha do transporte faria tarifa encarecer
Publicado: 07/06/2018, 22:44
O presidente do Conselho Municipal de Transporte (CMT), Elmiro Bobek, disse que a redução de R$ 0,46 no preço do diesel é insuficiente para diminuir a tarifa do transporte coletivo de Ponta Grossa. Bobek confirmou que o valor atual não condiz com os custos do serviço e garantiu que uma nova revisão dos documentos elevaria o preço das passagens no município.
“Hoje, se for mexer na planilha, vamos ter que aumentar a tarifa. Enquanto presidente do CMT, eu fiz uma simulação com este desconto no diesel. O resultado foi que a tarifa técnica cairia de R$ 3,99 para R$ 3,87, valor acima do que é praticado hoje”, explica Bobek. “Por isso, para evitar aumentos, não temos a intenção de revisar a planilha” diz.
Na última semana, logo que a baixa do diesel foi anunciada pelo presidente Michel Temer, a advogada Mabel Canto e o ex-diretor de Trânsito da Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes (AMTT), Neemias Martinkoski, protocolaram uma ação popular na 1ª Vara da Fazenda Pública de Ponta Grossa para exigir a revisão da tarifa. A Câmara Municipal pegou carona na iniciativa e vereadores cobraram medidas da Viação Campos Gerais (VCG) e AMTT. Fazem parte do movimento os vereadores Jorge da Farmácia (PDT), Geraldo Stocco (Rede), Ricardo Zampieri (PSL) e George Luiz de Oliveira (PMN).
Segundo o presidente do CMT, apesar do movimento político, há fatores técnicos que inviabilizam uma queda no preço cobrado hoje, de R$ 3,80. O primeiro seria uma suposta defasagem na tarifa atual. O segundo, possíveis aumentos nos outros insumos que compõe a planilha de custos do transporte. “A tarifa que temos hoje foi elaborada com o preço do diesel do último ano. Ela é de R$ 3,99, mas por uma decisão política foi decretada em R$ 3,80. De lá para cá, houve reajustes no diesel, aumentos e depois a queda. Houve também a variação de preços de outros itens e tudo isso teria que ser revisado”, afirma.