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Caminhoneiros garantem continuação da greve

Carreata reúne caminhoneiros e apoiadores da greve nas principais avenidas de Ponta Grossa

Após ameaça do governo, caminhões fazem buzinaço e reúnem manifestantes pelas principais avenidas da cidade
Após ameaça do governo, caminhões fazem buzinaço e reúnem manifestantes pelas principais avenidas da cidade -

Stiven de Souza

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Os caminhoneiros mobilizados em Ponta Grossa garantiram a continuidade da paralisação nas rodovias federais e estaduais da região. Mesmo com a ameaça do Governo Federal em usar a força nacional e o Exército Brasileiro para desmobilizar a greve, os motoristas disseram que vão continuar estacionados à beira das estradas e nos postos de combustível.

A informação é de um dos porta-vozes dos caminhoneiros ponta-grossenses que estão na greve, Emerson Bahls. Segundo ele, a ameaça do presidente Michel Temer em usar a força só fortaleceu o movimento grevista. “Com certeza a greve vai continuar. A população deu mais força, mais apoio depois deste pronunciamento do Governo”, disse à reportagem do Jornal da Manhã e Portal aRede. “É mentira do governo que houve o fim de 400 pontos de bloqueio. O movimento está forte, vai continuar, já temos apoio de várias lideranças e o movimento criou mais força hoje, depois do pronunciamento do presidente”, garantiu Bahls.

Para os caminhoneiros, a greve só acaba quando houver uma redução drásticas nos impostos sobre o combustível no país. Com esta bandeira, a categoria ganhou apoio de empresários, agricultores e da população em geral, que realizou uma carreata pelas principais avenidas da cidade nesta sexta-feira (25).

A concentração dos manifestantes aconteceu na Avenida Visconde de Mauá, no Bairro Oficinas, por volta das 14h30. Uma fila de caminhões fez um buzinaço por toda a cidade e, na região central, a carreata ganhou mais apoio.

Pelo fim da tarde, manifestantes se reuniram na Praça Marechal Floriano Peixoto e, em frente à 5ª Brigada de Cavalaria Blindada defenderam a intervenção militar. O ato aconteceu em resposta ao pronunciamento presidencial, onde foi anunciado o uso do Exército para desmontar o movimento e garantir o reabastecimento das cidades.

Neste sábado (26), a greve chega ao sexto dia sem previsão de término.

Grevistas podem ir ao Planalto

Sem acordo com o governo e diante da ameaça de uso da força nacional, caminhoneiros de todo o país estudam ocupar Brasília para pressionar o Planalto. A carreata até o Distrito Federal deve acontecer no início da próxima semana, caso o Governo Federal não apresente um novo plano para reduzir o preço dos combustíveis. Em Brasília, se não houver acordo até segunda-feira, os grevistas irão pedir a saída do presidente Michel Temer.

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