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Entidades de PG e VCG entram em rota de colisão

Documento ressalta que diminuição vai ao encontro dos anseios da população, cita CPI e pede maior fiscalização da planilha

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Daniel Petroski

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Em conjunto, 18 entidades de Ponta Grossa publicaram uma “Carta Aberta” demonstrando apoio as duas liminares assinadas pela juíza Luciana Virmond Cesar, da 2ª Vara da Fazenda Pública, que na semana passada suspendeu o Decreto 12.635 garantindo a redução da tarifa do transporte coletivo da cidade de R$ 3,70 para R$ 3,20. O novo valor passou a vigorar na última sexta-feira (19), após o prefeito Marcelo Rangel acatar a decisão da magistrada.

O documento ressalta que a diminuição no preço cobrado vai ao encontro dos anseios dos usuários, retomando a discussão a respeito da tarifação no município. “Algo que vemos como fundamental visto que não há um convencimento público de que os valores apresentados estão de acordo com a realidade vivenciada”, afirma o texto.

A Carta reforça ainda que “enquanto há uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Câmara Municipal e dúvidas em relação aos números da planilha, é prudente que seja impedida qualquer majoração nos preços, uma vez que isso impacta diretamente na economia das famílias ponta-grossenses que utilizam o transporte público diariamente. Da mesma forma que tem interferência nos custos das empresas, que também arcam com esse transporte dos seus colaboradores”. As entidades pedem publicamente também que Rangel aumente a fiscalização do contrato, “uma vez que a atual não é suficiente para constatar a veracidade dos dados”.

A Viação Campos Gerais (VCG), responsável pelo serviço, rebateu com veemência as justificativas apresentadas na Carta. “Ao contrário do que afirma a publicação, o valor da tarifa até então vigente está de pleno acordo com a realidade vivenciada no município e com contrato em vigor. Tanto que, este reajuste foi aprovado no Conselho Municipal de Transportes (CMT) pelos membros de diversas entidades que o compõe, muitas das quais assinam a publicação em questão”.

Levantamento realizado pela equipe de reportagem mostra que cinco das 18 entidades que assinam a “Carta Aberta” integram o CMT e participaram das reuniões do grupo que sugeriu em fevereiro o valor da passagem em R$ 3,70. A tarifa passou a vigorar no mesmo mês.

VCG rebate críticas em nota

Em nota, a VCG ressaltou ainda que o valor da tarifa não foi o fator preponderante que levou a magistrada a conceder as liminares. “E sim a questão de que, aos olhos da justiça, até o momento não ficou comprovado o devido cumprimento do rito burocrático para o reajuste, nada além disso, fato este que será devidamente esclarecido ao juízo nos próximos dias”, assegura o documento. Em relação à CPI, a empresa reforça que ela não deve ser usada de pretexto para se descumprir um contrato em vigência e que em outras ocasiões, comissões semelhantes não encontraram irregularidades.

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