Potencial de consumo regional supera R$ 20 bi
Levantamento mostra que, apesar da alta de R$ 628 milhões sobre 2016, região perdeu participação no cenário nacional
Publicado: 24/04/2017, 20:30
O potencial de consumo dos municípios da região dos Campos Gerais cresceu para este ano de 2017. Levantamento divulgado nesta segunda-feira (24) pelo estudo ‘IPC Maps’, realizado pela IPC Marketing Editora, indica uma alta de 3,21% sobre o estimado para o ano passado. Em valores, os R$ 19,55 bilhões projetados para serem gastos em 2016 saltaram para R$ 20,18 bilhões para este ano de 2017, por parte de 1,016 milhão de habitantes – ou seja, um incremento nominal de R$ 628,3 milhões em um ano.
Mesmo com esse amento, superior a meio bilhão de reais, não houve um aumento real, ou seja, os números ficaram abaixo da inflação acumulada no período. Com isso, houve uma queda da participação regional na economia nacional, de meio por cento (exatos 0,5%) em 2016, para 0,48% em 2017. Isso mostra que a crise, embora tenha incidido de maneira menos impactante em alguns setores da economia, se mostra influente na redução do consumo regional.
“Houve queda na quantidade de domicílios das classes A e B2, que tem um valor domiciliar de consumo mais elevado e isto ocasionou a diminuição do potencial de consumo da região”, resume o diretor da IPC Marketing Editora, Marcos Pazzini. Como o estudo mostra, houve uma baixa de 473 domicílios enquadrados na classe ‘A’ e 4,1 mil na classe ‘B2’; enquanto que foi registrado um aumento de 6,3 mil na classe ‘C2’ e 5,4 mil nas classes ‘D’ e ‘E’.
Entre os 27 municípios da região dos Campos Gerais, a grande maioria registrou uma alta em relação ao potencial de consumo do ano anterior. Apenas cinco não ampliaram o potencial em relação a 2016: Imbituva, que teve a maior queda, de 4,38%, seguida por Ponta Grossa (-1,33%), Ortigueira (-0,75%), Telêmaco Borba (-0,43%) e Tibagi (-0,14%). Por outro lado, seis municípios registraram um incremento nominal superior a 10%: Rebouças (11,45%), Irati (12,99%), Reserva (13,23%), Carambeí (14,22%), Palmeira (16,21%) e Porto Amazonas, que teve a alta, de 19,79%.
Entre as classes de consumo, o maior potencial está com as famílias enquadradas na faixa ‘B’, com a estimativa de R$ 6,9 bilhões (40,2% do total regional), seguida pela classe, com R$ 6,54 bilhões (38,1%). A classe ‘A’ deverá consumir R$ 1,9 bilhão e as classes ‘D’ e ‘E’ R$ 1,81 bilhão. Já em relação às categorias, os maiores gastos, entre as mais de 20 listadas, deverão ficar com a manutenção do lar (R$ 4,47 bilhões), que inclui despesas como contas de luz e água, por exemplo, seguida pela alimentação em domicílio (R$ 1,96 bilhão) e materiais de construção (R$ 1,2 bilhão).
Com 8,24 bilhões, PG tem o 5º maior potencial do Paraná
Mais de R$ 8 bilhões. Este é o potencial de consumo no município de Ponta Grossa para o ano de 2017. O potencial previsto para este ano, de R$ 8,24 bilhões, é o 5º maior do estado e 68º maior do Brasil. O consumo urbano será responsável por R$ 8,13 bilhões, enquanto que o rural por R$ 110 milhões. O valor é 1,3% inferior aos R$ 8,35 bilhões registrados em 2016. O levantamento mostra que a maior parte deste valor será movimentado pelas famílias enquadradas nas classes B e C, correspondendo a R$ 6,41 bilhões. (R$ 3,4 bi para a classe B e R$ 2,9 bi para a classe C). Entre as despesas listadas, se destaca a manutenção do lar, cujo gasto deve superar a casa dos R$ 2 bilhões.
Potencial de consumo dos municípios dos Campos Gerais em 2017
Cidade Valor (R$)Variação *
Arapoti 495,1 mi 4,54%
Cândido de Abreu210,1 mi 9,70%
Carambeí 496,6 mi14,22%
Castro 1,32 bi 9,35%
Curiúva 226,6 mi 0,24%
Fernandes Pinheiro 81,1 mi 4,58%
Guamiranga 120 mi 7,83%
Imbaú 186,2 mi 3,82%
Imbituva 473,1 mi-4,38%
Ipiranga 231,9 mi 8,30%
Irati 1,29 bi 12,99%
Ivaí 209,6 mi 7,50%
Jaguariaíva 628 mi 6,08%
Ortigueira 320,3 mi-0,75%
Palmeira 772,2 mi 16,21%
Piraí 419,2 mi 6,76%
Ponta Grossa 8,24 bi-1,33%
Porto Amazonas 105,5 mi 19,79%
Prudentópolis 801,3 mi 8,27%
Rebouças 226,5 mi 11,45%
Reserva 368,9 mi 13,23%
S. J. do Triunfo 207,6 mi 9,78%
Sengés 306,2 mi 1,09%
Teixeira Soares 179,3 mi 2,63%
Telêmaco Borba 1,75 bi-0,43%
Tibagi 315,6 mi-0,14%
Ventania 176,5 mi 8,02%
Total 20.185.627.742 3,21%
Fonte: IPC Marketing Editora | *Em relação aos valores de 2016