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PG enfrenta crise com superlotação de cemitérios

Procuradoria do Município autorizou retirada de 486 corpos que estavam em ‘gavetas’ do Cemitério São Vicente de Paula. Outros cemitérios municipais sofrem com a falta de espaço

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| Autor:

Afonso Verner

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Procuradoria do Município autorizou retirada de 486 corpos que estavam em ‘gavetas’ do Cemitério São Vicente de Paula. Outros cemitérios municipais sofrem com a falta de espaço

A superlotação dos serviços públicos chegou aos cemitérios. Causa de muitas reclamações na saúde, educação e em várias áreas do serviço público municipal, a superlotação também atinge os cemitérios municipais de Ponta Grossa. Para enfrentar a falta de vagas nos cemitérios municipais, a Prefeitura de Ponta Grossa (PMPG) publicou hoje (2) em Diário Oficial um decreto que autoriza a retirada de 486 corpos que estão nas chamadas ‘gavetas’ do cemitério São Vicente de Paula (confira a lista completa).

De acordo com informações do Serviço Funerário Municipal, os corpos serão retirados já a partir do próximo dia 10 de março e colocados no Ossário Municipal. Segundo Ezequiel Lemes de Lima, chefe da Administração dos Cemitérios Municipais de Ponta Grossa, a ideia inicial era retirar os 500 restos mortais que ocupavam as ‘gavetas’ do cemitério, mas algumas famílias já realizaram o translado antes da publicação do decreto.

Com isso, Ezequiel explica que restaram 486 restos mortais para serem retirados. Caso as famílias dos falecidos não entrem em contato com o Serviço Funerário da Prefeitura nos próximos dias, os corpos serão armazenados no Ossário coletivo. “Esses corpos são frutos de falecimentos registrados nos últimos três anos, o contrato firmado com as famílias já previa a retirada das ossadas.

Por mês, Ponta Grossa registra ao menos 30 enterros nos cemitérios municipais. Ezequiel acredita que a retirada dos 486 corpos das ‘gavetas’ do Vicentino deverá dar uma ‘folga’ no recebimento dos corpos. “Atualmente nossos cemitérios municipais não tem mais vagas para covas, apenas em gavetas, e isso também está se esgotando, por isso essa medida foi necessária”, explica Ezequiel.

Para retirar os restos mortais do ente do cemitério São Vicente de Paula os familiares irão desembolsar R$ 75,52 para o translado (o valor é referente ao chamado ‘Valor de referência’ do município), além de ter que encontrar uma cova ou um novo espaço para que a ossada seja destinada. “O custo é apenas do translado e para disponibilizar uma outra vaga”, explicou Ezequiel.

Cemitérios municipais não têm mais covas disponíveis

Os sete cemitérios municipais de Ponta Grossa (Vicentino, Santa Luíza, São José, São João, São Sebastião e Chapada) já não tem mais covas disponíveis. Segundo Ezequiel, atualmente apenas os cemitérios localizados nos distritos (Guaragi, Sutil e Itaiacoca) têm vagas livres para o enterro em covas. Nos outros locais os sepultamentos só podem ser realizados nas chamadas gavetas que tem a rotatividade prevista em contrato.

Espaços privados tem custo elevado

Os cemitérios municipais são a principal saída para as famílias humildes que sofrem com a partida de um ente querido. Nos cemitérios particulares o custo para compra de um terreno ou para a cremar os restos mortais é tido como elevado, principalmente quando somado aos outros custos, como velório e aquisição do caixão.

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