Remanescentes traçam estratégias para 2017

Câmara de Vereadores teve renovação superior a 65%. Remanescentes traçam estratégias para o próximo mandato no Legislativo Municipal

O resultado das urnas em 2016 foi claro e parece ter sido compreendido pelos vereadores que conquistaram a reeleição em Ponta Grossa. Dos 23 atuais vereadores, 20 buscaram o aval do eleitor para mais um mandato e apenas oito deles de fato tiveram aprovação das urnas. A renovação superior a 65% deixou políticos reconhecidos de fora do cenário e, acima de tudo, chamou a atenção dos representantes que se mantiveram no Legislativo para o próximo mandato.

Os reeleitos para o próximo mandato são Pietro Arnaud (REDE), Sebastião Mainardes (DEM), Valtão (DEM), Daniel Milla (PV), Jorge da Farmácia (PDT), Pastor Ezequiel (PRB), George de Oliveira (PMN) e Maurício Silva (PSB). A renovação do Legislativo Municipal também levou à Câmara nomes já conhecidos da política, como o atual vice-prefeito, José Carlos Raad, o Dr. Zeca (PPS), e Ricardo Zampieri, novato na política, mas oriundo de uma família tradicional.

Um dos vereadores mais experientes entre o grupo de reeleitos é Mainardes (DEM), atual presidente da Câmara. O vereador lembra que a renovação na Câmara é um “sinal claro” das urnas, mas afirma que a votação obtida por ele em 2016 é o reconhecimento do trabalho realizado. “Integrei todas as comissões, além de ter ocupado todos os cargos da Mesa Executiva, eu de fato trabalhei muito desde que entrei na Câmara”, aponta Sebastião.

Também entre os mais experientes do grupo reeleito está Walter de Souza (PROS), o Valtão. O vereador dará início em 2017 ao terceiro mandato na Câmara e afirma que pretende fazer um trabalho de maior fiscalização a partir do próximo ano. “Eu legislei muito e criei mecanismos legais muito importantes para a cidade, por isso em 2017 quero atuar de maneira mais fiscalizadora para ajudar o prefeito a fazer um bom trabalho”, comentou Valtão.

Já os parlamentares Daniel Milla (PV) e Pietro Arnaud (REDE) conquistaram a primeira reeleição. Mesmo tendo posicionamentos diferentes dentro da Casa de Leis (Milla é governista enquanto Pietro faz oposição), a dupla concorda em uma coisa: a renovação dentro do Legislativo sempre existiu. “Em 2016 vimos o resultado de um desgaste muito grande da classe política, em todos os níveis e esferas”, conta Milla.

O parlamentar do Partido Verde (PV) quer atuar de maneira mais técnica e junto aos eleitores. “Não vou ser um vereador de gabinete, quero auxiliar deputados, secretários e próprio prefeito a conseguir recursos para o município”, comenta Milla.

Pastor Ezequiel quer estar mais próximo da população

Outro parlamentar que conquistou o segundo mandato foi Pastor Ezequiel (PRB). O parlamentar, ligado ao setor religioso e a segurança pública, afirma que continuará tendo como bandeira a “defesa da família” e quer estar mais perto da população a partir de 2017. “O eleitor tem que saber que o vereador está perto sempre, não só em época de eleição para pedir votos, quero implementar isso a partir de 2017”, contou Ezequiel que praticamente dobrou os votos em 2016. Já Pietro Arnaud (REDE) pretende dar continuidade as investigações iniciadas nos quatro primeiros anos de mandato. “Pretendo exigir também que as leis que fiz sejam cumpridas”, comentou Arnaud, vice-presidente da Câmara.

Mudanças

Em 2017 a Câmara de Vereadores terá 14 vereadores novatos que cumprirão o primeiro mandato. A mudança deixou nomes tradicionais da política de fora, como é o caso de Rogério Mioduski (PPS) e Professor Careca (PR). Além disso, vereadores como Paulo Cenoura (PSC), ex-secretário municipal, e Marcio Schirlo (PSB) não conseguiram se reeleger.