Estudantes aguardam notificação para definir se deixam reitoria
Advogado do movimento estudantil afirma que ainda não foi notificado sobre reintegração de posse. Comando de greve só irá definir próximos passos após a notificação oficial.
Publicado: 21/10/2016, 19:09
Advogado do movimento estudantil afirma que ainda não foi notificado sobre reintegração de posse. Comando de greve só irá definir próximos passos após a notificação oficial.
Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (21), o movimento estudantil da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) afirmou que ainda não foi notificado oficialmente sobre a decisão da Justiça que autoriza a reintegração de posse do prédio da Reitoria, ocupado desde a última quarta (19). O advogado que representa os estudantes mobilizados, João Luiz Stefaniak, afirmou que decisões só serão tomadas após a notificação por um oficial de Justiça.
“Os estudantes ainda não foram notificados e decidiram realizar a desocupação somente a partir do momento que a reitoria acenar com uma negociação efetiva. Assim que chegar algum comunicado oficial, vamos fazer uma reunião rápida e decidir se deixamos ou não o prédio”, conta Stefaniak.
A decisão judicial por desocupar o prédio foi tomada nesta sexta-feira (21) pela juíza de direito da 1ª Vara da Fazenda Pública de Ponta Grossa, Jurema Carolina da Silveira Gomes. O documento que ordena a reintegração de posse ainda afirma que, caso seja necessário, a Polícia Militar (PM) poderá utilizar o uso moderado da força durante o ato. “Ficaríamos muito tristes se chegar a uma situação dessas [uso da PM na desocupação], porque na história da universidade ainda não ocorreu nada semelhante”, ressalta o advogado que representa os estudantes.
Stefaniak ainda reafirmou que o movimento é totalmente organizado por estudantes e desmentiu qualquer boato de que pessoas de fora da instituição estariam participando do ato. “As decisões são tomadas pelos acadêmicos e sem interferência. É claro que o espaço para discussão está aberto, inclusive qualquer um pode visitar o prédio da reitoria por se tratar de um espaço público”, afirmou. Sobre o início da ocupação, o advogado voltou a dizer que a reitoria deveria estar aberta no horário em que os estudantes chegaram ao campus e que a entrada foi realizada da maneira adequada.