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Estudantes da UEPG vivem rotina de roubos e medo

Arredores da UEPG ficaram perigosos no mês de junho
Arredores da UEPG ficaram perigosos no mês de junho -

Onda de assaltos no mês de junho deixa os acadêmicos, do Campus Central da UEPG, preocupados com a falta de segurança. Bandidos agem em um raio de duas quadras ao redor da instituição de ensino.

As ruas nos arredores do Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) foram o palco de diversos assaltos cometidos contra acadêmicos da instituição de ensino durante o mês de junho. Estudantes procuraram o Portal aRede para denunciar a onda de assaltos que, em geral, aconteceram em um raio de duas quadras ao redor da Universidade. Os acadêmicos solicitam maior policiamento na região e mostram medo com a situação de insegurança.

A estudante Jéssica Doer foi abordada na última segunda-feira (27) por um bandido armado com uma faca quando esperava um ônibus na Rua Coronel Bittencourt, às 19 horas. “Ele chegou, encostou uma faca e me obrigou a ficar quieta e passar dinheiro e o celular. Ele jogou todos os meus livros no chão”, conta Jéssica. O assaltante precisou fugir levando R$ 20, pois um grande número de pessoas se aproximava da região.

No último dia 20, a acadêmica Larissa Salvi foi roubada no período da tarde, por volta de 16h30. A estudante passava pela Rua Riachuelo quando teve seu celular roubado. “Vinham dois caras e um deles me empurrou, enquanto o outro tirou o celular da minha mão e saiu correndo. Fui atrás da Polícia e não fizeram nada. Disseram que não tinha carro e não poderiam ir”, afirma Larissa.

César Henrique de Oliveira foi roubado no dia 22, por volta de 19h30, na Rua Penteado de Almeida. O suspeito utilizou uma faca para ameaçar a vítima e obrigou que ele entregasse o celular. “Ele estava com uma faca grande (...). Disse para eu entregar dinheiro e celular e respondi que não tinha dinheiro. Ele insistiu em pegar o celular e eu entreguei com medo de acontecer algo comigo”, diz César.

O acadêmico Vinícius Biazotti foi outra vítima de um assalto próximo ao Campus Central da UEPG. Na noite de domingo (26), o estudante foi assaltado na Rua Riachuelo e teve seu celular roubado, por volta de 20 horas. “Aqui ultimamente anda muito perigoso. Não tem segurança e o policiamento não é reforçado. O que resta é andar com medo e sem os pertences por medo de ser roubado de novo”, fala Vinícius.

Na última semana, outra acadêmica também foi vítima de uma tentativa de assalto ao sair da UEPG - ela preferiu não se identificar. “Era perto de 20h30, quando um cara veio atrás de mim, me segurou pelo cabelo e pegou no meu braço. Eu consegui puxar e fugir antes que ele fizesse alguma coisa”, conta a estudante.

O Portal aRede entrou em contato com a assessoria de imprensa da instituição de ensino para questionar a questão da segurança dos acadêmicos ao redor do Campus Central. A assessoria informou que a reitoria não recebeu nenhuma queixa sobre o assunto.

Policiamento

A aspirante Jaine Chaves de Oliveira afirmou que a Polícia Militar tem um plano de aplicação para agir nas proximidades da UEPG. “Temos um raio de algumas quadras, onde tem a circulação dos estudantes, onde nós reforçamos o policiamento. A UEPG está no roteiro definido pela Polícia Militar”, defende a aspirante Jaine. De acordo com ela, existem algumas recomendações que os estudantes podem seguir para reduzir as chances de um assalto. “Os estudantes precisam evitar andar sozinhos, não utilizar o WhatsApp quando espera o ônibus e procurar estar sempre atento. É necessário sempre chamar a viatura quando acontece algum roubo”, explica Jaine.

O direcionamento de viaturas e reforço policial é feito de acordo com as estatísticas de crimes no município. A aspirante Jaine aponta a importância de que os boletins de ocorrência sejam registrados em todas as situações para que, com isso, o sistema policial registre um aumento nos crimes e as viaturas possam ser voltadas para a região.

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