Política
Prefeituras sofrem com reflexo da greve e racionalizam serviços
Prestação de serviços públicos enfrenta dificuldades em várias cidades dos Campos Gerais
Afonso Verner | 25 de maio de 2018 - 06:55
A greve dos caminhoneiros e transportadores também tem impactado na prestação de serviços públicos. A reportagem do Jornal da Manhã e do portal aRede mapeou a situação das principais prefeituras dos Campos Gerais e em praticamente todas elas algum serviço público está prejudicado. Na maioria das cidades da região, apenas os serviços essenciais estão sendo mantidos.
Em Ponta Grossa, por exemplo, inicialmente as obras de maior
porte foram paralisadas por conta da diesel, em um segundo momento, todo o
atendimento de manutenção nos serviços públicos foi interrompido. Já no setor
de Saúde, por exemplo, os hospitais e pronto-atendimentos seguem funcionando
normalmente, mas alguns serviços eletivos acabaram sendo suspensos até segunda
ordem.
Ainda em PG, a coleta de lixo foi suspensa apenas no
Distrito Industrial. Já o programa Feira Verde acabou com os estoques
prejudicados e por isso teve o calendário suspenso para os próximos dias. Na
cidade de Castro, por exemplo, a Prefeitura também restringiu alguns serviços,
priorizando apenas o consumo de combustível para o atendimento de situações
emergenciais, como o transporte de pacientes e abastecimento de ambulâncias –
os serviços de manutenção de vias e colocação de asfalto também serão reduzidos
temporariamente.
Para o prefeito de Castro, Moacyr Fadel, garantir a
manutenção das atividades básicas é essencial. “Com a paralisação dos
caminhoneiros, vamos priorizar as ações emergenciais no município. Todos os
serviços que demandam de combustível estarão suspensos, pois precisamos
garantir o abastecimento de ambulâncias e veículos para atendimento a pacientes
em situação emergencial”, destaca o gestor.
Em Tibagi, por sua vez, o Rildo Leonardi (PMDB) realizou no
final da tarde desta quarta-feira (23) uma reunião com secretários e gerentes
para avaliar a situação dos serviços públicos devido à falta de combustível. A
decisão é pela paralisação de toda a frota do Executivo, exceto alguns serviços
como a coleta de lixo e saúde. A administração espera economizar o que resta de
diesel e gasolina para atender os serviços essenciais.
Em Irati, o prefeito Jorge Derbli (PSDB) também anunciou a
paralisação de parte dos serviços prestados pelo município. “Lembramos que
permanecerão os serviços essenciais, como de saúde, e os emergenciais de
quaisquer setores. A Prefeitura possui um estoque de combustível disponível
para estes casos”, informou a nota publicada no site da Prefeitura. Já em
Ortigueira, as obras nas estradas que cortam a cidade foram paralisadas e o
transporte escolar também parou – funcionam os serviços essenciais de saúde e coleta
de lixo, mas ambos de forma reduzida.
O prefeito de Jaguariaíva e presidente da AMCG, Juca Sloboda
(DEM), lembra que a prioridade tem sido os serviços públicos básicos. “A greve afetou
o serviço de transporte escolar, dos veículos a gasolina. O restante do
transporte escolar, dos veículos a diesel, está mantido, bem como todos os
outros serviços públicos, com prioridade para a saúde, estão todos funcionando.
No entanto não entra nenhum caminhão na cidade e o desabastecimento é evidente
nos estabelecimentos comerciais”, contou Juca.
Telêmaco Borba e
Piraí também tem problemas
A prefeitura de Telêmaco Borba, comandada por Doutor Márcio
(PDT), tem umas das situações mais confortáveis dos Campos Gerais. Segundo a
assessoria de comunicação da gestão, todos os setores irão economizar no
consumo de combustíveis internamente para tentar garantir o funcionamento
normal dos serviços. Atualmente só há combustível para veículos da saúde e
serviços essenciais e, por isso, a gestão de Doutor Márcio decidiu adiar
eventos marcados para o final de semana, como inaugurações e recreações nos
bairros. Em Piraí do Sul, por sua vez, o transporte escolar funciona apenas até
essa sexta-feira (25) e a coleta de lixo está paralisada.
Apoio
De forma geral, os prefeitos dos Campos Gerais ressaltaram
que a greve está afetando os serviços, mas destacaram que são solidários ao
movimento dos caminhoneiros e transportadores, desde que pacífico.